O maior líder indígena brasileiro, cacique Raoni, foi internado em um hospital de Colíder (648km de Cuiabá) na tarde da última quinta-feira (16). Segundo a coordenação do Instituto Raoni, o cacique ficou fraco após a perda de sua companheira, e esta semana começou a apresentar diarreia, o que provocou uma desidratação. Ainda não se sabe o que teria causado o sintoma.

Após a internação, Raoni passou por uma bateria de exames. "Ele ainda inspira muitos cuidados, está mais forte, mas nada a se comemorar. Precisamos saber o que provocou tudo isso", explicou o coordenador Edson Araceli Santini.

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Da etnia caiapó, Raoni é conhecido internacionalmente por lutar pela preservação da Amazônia e pela causa indígena. No último dia 20 de janeiro, ele e outros indígenas lançaram uma carta em que citam, entre outras coisas, ameaças e falas de ódio promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro.
 
Raoni Metuktire já foi recebido por autoridades de todo o mundo ao longo de sua militância em defesa dos povos tradicionais e das florestas brasileiras. Ele estava recolhido há alguns anos em sua aldeia, no Xingu, em Mato Grosso, mas voltou à ativa, aos 89 anos diante das queimadas do ano passado e em protesto às políticas ambientais do governo Bolsonaro. 
 
No último dia 24 de junho, sua esposa Bekwika Metuktire, faleceu após um Acidente Vascular Cerebral e em seguida um infarto. Raoni ficou muito mal após a perda. O Instituto Raoni afirmou que irá emitir uma nota ainda hoje, explicando os detalhes da internação.

*Atualizada às 13h.