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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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FEMINICÍDIO

Motorista que presta serviço para prefeitura é preso por matar e ocultar corpo de estudante de Direito

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Motorista que presta serviço para prefeitura é preso por matar e ocultar corpo de estudante de Direito
A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu um motorista de caminhão basculante pelo feminicídio e ocultação de cadáver da estudante de Direito, Lucimar Fernandes Aragão, de 40 anos. Ela estava desaparecida desde maio de 2020. O acusado era contratado de uma empresa que presta serviço para a Prefeitura de Cuiabá. 


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O mandado de prisão foi cumprido no dia 29 de janeiro. Inicialmente, as diligências para prendê-lo foram realizadas em Cáceres (a 220 km de Cuiabá), mas na ocasião, ele fugiu para Várzea Grande. Na cidade, os investigadores conseguiram detê-lo no apartamento de um familiar.

Um mês antes de desaparecer, o acusado teria sido preso por violência doméstica contra ela. Ambos tinham um relacionamento conturbado de aproximadamente seis meses. “Depois que ele foi preso, ela como muitas outras vítimas, foram atrás para soltar ele. Depois para tirar a tornozeleira. Alguns dias depois que foi tirado a tornozeleira dele, ocorreu o desaparecimento dela”, disse o delegado titular da DHPP, Fausto Freitas, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9).

As investigações apontaram que ela foi vista pela última vez entre o dia 17 e 18 de maio do ano passado. “Nesta noite, com a confirmação do próprio suspeito, que ela teria passado na casa dele. Porém, segundo a versão dele, essa noite transcorreu normalmente. Ele acordou, se deparou com ela na porta da casa, e foi trabalhar. Quando retornou no final do dia, já não verificou sinais dela por ali”, acrescentou Fausto.

Crédito: Olhar Direto

O último vestígio de vida encontrado pela Polícia Civil foi entre 4h e 5h da madrugada, quando ela fez algumas ligações. “A primeira ligação foi para um amigo dela. Essa testemunha foi ouvida e ela fala que Lucimar ligou chorando para ele, dizendo que teria brigado com o namorado e estava com medo dele agredir ela”.

A estudante de Direito depois tentou fazer mais duas ligações, mas nenhuma delas foi completada. A quarta e última ligação foi para o 190. “Ela tentou ligar para a Polícia e com sete segundos de chamada, a ligação é interrompida. A suspeita é de que seja interrompida por terceiros, no caso, por ele. A partir de então, ela nunca mais foi vista”, pontua.

Até o momento, o corpo dela não foi encontrado. A DHPP chegou a fazer escavações, mas sem sucesso. 

Desaparecimento

Lucimar desapareceu no mês de maio e somente no dia 10 de agosto, a mãe da vítima procurou a polícia em razão da filha estar um pouco afastada da família.

A comunicante informou que desde maio não falava com a filha, que estava com o celular desligado. A mãe foi até a residência de Lucimar e encontrou a casa e o carro dela com aspecto de abandono.

Na ocasião, ela conseguiu informação da casa onde sua filha estava morando com o namorado. No endereço do namorado, ele foi perguntado sobre o paradeiro de Lucimar, informando que teve uma briga com a namorada e ela teria sumido.

Em outubro do ano passado, dois mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos. Uma casa está localizada no bairro Parque Geórgia, na Capital, e a outra situada na Cohab Cristo Rei, em Várzea Grande.



 
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