Um inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi filmado sugerindo que manifestantes bloqueiem a BR-364, no trecho de Sapezal (a 509 km de Cuiabá) em forma na modalidade ‘pare e siga’. No vídeo, o agente negocia que as interdições sejam feitas de forma alternada, que o fluxo seja bloqueado por 2h e que após esse período os manifestantes liberem o trecho por 1h. A instituição alega, por meio da assessoria de imprensa, que imagens estão fora de contexto e que após as negociações a PRF liberou totalmente o trecho.
 
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Aplaudidos pelos manifestantes, os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), aparecem nas imagens tentando negociar com as pessoas que estão nos atos antidemocráticos. Os bloqueios e protestos iniciaram no dia 30 de outubro e seguem até hoje (23) e que requerem a anulação das eleições presidenciais que declararam Lula (PT) o futuro presidente do Brasil.
 
Três policiais lideram o diálogo, enquanto são filmados pelos manifestantes. No início, um anuncia que sabem que os manifestantes "são pessoas de bem, por isso a gente vem de forma tranquila de peito aberto [..] A gente não tem escolha”. Apesar da diplomática conversa, ele não consegue terminar a frase porque é interrompido por reclamações e gritos.
 
Ao retomar a fala, outro policial inicia a conversa e propõem o ‘rodizio’. Além de garantir que o bloqueio não será desfeito pela força policial. “A gente libera um tempo, é um bloqueio parcial. Bloqueia duas horas, libera uma hora. É só para não ficar dias sem trânsito nenhum. Se vocês concordarem, a gente pode fazer essa liberação parcial”, garante.
 
No encerramento da gravação, os manifestantes parecem concordar com os termos e encerram cantando o hino nacional e aplaudindo o policial federal. 
 
A equipe do Olhar Direto entrou em contato com a PRF para esclarecimentos e a equipe de asessoria de imprensa disse que o vídeo fio gerado com o objetivo de desestabilizar o trabalho das forças de segurança. Segundo a nota, o agente que aparece falando sobre o 'rodízio' é da Polícia Federal. Após a fala dele, o inspetor da PRF teria dito o oposto, e dado seguimento nas desobstruções.