O governador Mauro Mendes (UNIÃO) levantou suspeita sobre o contrato de concessão à empresa que ganhou a gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, que irá investir R$ 18 milhões e ainda cobrar R$ 100 de cada turista que quiser passear na região. Segundo o governador, a empresa está ganhando concessões semelhantes em todos os estados do país.
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Em entrevista ao Jornal da Cultura, na manhã desta segunda-feira (3), o governador disse que sua saga em busca da gestão do parque não para, mas revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez "cagada". Mendes espera que o presidente Lula desfaça o contrato.
"Um absurdo isso. Falei pro presidente Lula que isso foi uma cagada que o governo Bolsonaro fez e não é possível que o senhor não vai desfazer isso. A mesma empresa está ganhando todos os parques do Brasil. Isso não cheira mal? Falei isso para o presidente Lula, ele pediu uma carta e eu mandei. Estou nessa saga para pegar o parque e fazer o investimento para não cobrar o trabalhador. Quem mora em Cuiabá e Várzea Grande terá um desconto, mas e quem mora em Leverger?", explicou o governador.
Segundo Mauro, existem projetos prontos para todas as áreas de Chapada, como pro exemplo o Mirante. "Queremos investir dentro do parque. Na cidade temos investimentos para todas as áreas. Nessa concessão está previsto investir R$ 18 milhões em 35 anos. E nós queremos investir R$ 200 milhões em quatro anos", comentou.
Mauro ainda disse que quer destravar essa concessão junto à presidência da República. Conforme o governador, a cessão de bens entre entes públicos é um procedimento amplamente praticado e lastreado em normas legais, sendo que o Governo de Mato Grosso já possui "R$ 200 milhões para executar todos os investimentos previstos em três anos".
"E além deles, muitos outros, para tornar o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães um destino turístico atrativo, acolhedor e integrador aos demais potenciais da região", diz trecho do ofício.
Mauro Mendes ressaltou que com a gestão do Parque pelo Estado, não haverá risco de "impor ao cidadão e ao trabalhador uma tarifa exorbitante, que na prática significará excluir todos os mato-grossenses e brasileiros de menor poder aquisitivo de acessar as belezas naturais do parque e da região"
