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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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desmatamento ilegal

Prefeito e vice estão entre os alvos de operação contra crimes ambientais

Foto: Reprodução

Prefeito de Feliz Natal (detalhe) já foi preso por crime ambiental em 2017.

Prefeito de Feliz Natal (detalhe) já foi preso por crime ambiental em 2017.

Residências e empresas ligadas ao prefeito de Feliz Natal, José Antônio Dubiella (MDB) e o vice-prefeito, Antônio Alves da Costa (PDT), foram alvos de busca e apreensão nesta terça-feira (16), durante a Operação Ronuro, deflagrada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) para desmantelar associação criminosa que agia na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado. Olhar Direto entrou em contato com a Prefeitura de Feliz Natal, mas não obteve retorno. 


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José Antônio já foi preso em 2017 em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e crime ambiental. A polícia realizava mandado de busca e apreensão na madeireira dele, quando encontrou uma espingarda calibre 22, com carregador desmuniciado e sem numeração aparente. Os policiais também encontraram um animal silvestre e carne de caça dentro de um freezer.

Na Operação Ronuro, foram cumpridos 22 mandados judiciais em endereços de pessoas físicas e jurídicas, em quatro municípios do norte de Mato Grosso – Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso. Além dos mandados de busca e apreensão, as madeireiras investigadas serão bloqueadas e terão as atividades suspensas, até o término das investigações. 

Segundo a Polícia Civil, a associação criminosa conta com agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que vinham se beneficiando com a extração, desmatamento e o comércio das madeiras retiradas ilegalmente da Estação do Rio Ronuro. 

Os proprietários das madeireiras são políticos e empresários locais, que usam "laranjas" para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.

Investigação

As investigações iniciaram no segundo semestre de 2019, após denúncias de que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais e fazendo a extração ilegal na Estação Ecológica Rio Ronuro. 

​Após a pandemia da Covid, no mês de fevereiro de 2022, as diligências foram intensificadas pela Dema para identificar os agentes responsáveis pelo dano ambiental, com a extração e desmatamento ilegal da vegetação nativa preservada na estação ecológica situada em Nova Ubiratã.

Conforme a apuração, a associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense. 

“A área conta com uma biodiversidade de extrema importância para o meio ambiente e este tipo de ação humana, quando excede os limites da lei, prejudica o espaço natural e as espécies que ali vivem, além da sociedade como um todo”, destacou a delegada titular da Dema, Liliane Murata.

Operação Ronuro

O nome faz referência à área Estação Ecológica (Esec) Rio Ronuro, localizada no município de Nova Ubiratã, criada pelo Decreto n. 2.207 de 23 de abril de 1998. A estação abrange uma área aproximada de 131.795 hectares, cujo objetivo é proteger o ambiente natural e os ecossistemas existentes. É uma unidade de conservação estadual.

O cumprimento das ordens judiciais conta com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais. 
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