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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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ACUSADO DE TRANSFOBIA

No plenário, Abílio pede seriedade, nega que foi transfóbico e diz que tem amigos homossexuais; Erika rebate

Foto: Reprodução

No plenário, Abílio pede seriedade, nega que foi transfóbico e diz que tem amigos homossexuais; Erika rebate
Na tarde  desta quarta-feira (12), o deputado federal Abilio Júnior (PL) usou seu tempo durante sessão do Congresso Nacional para, mais uma vez, negar que tenha cometido o suposto crime de transfobia contra a também deputada Erika Hilton (PSOL-RJ). Abílio, que tem um histórico de deboche, risos e piadas em relação a certos assuntos, desta vez baixou a guarda e pediu seriedade ao tema. Além disso, para se defender, disse que tem amigos homossexuais. Erika, por sua vez, disse que o mato-grossense estava se vitimizando.


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“Eu quero pedir respeito. respeito. Eu sou arquiteto, tenho inúmeros amigos homossexuais. Inúmero. Sou arquiteto. Não vou admitir, quero a penalização e quero a célere apuração da polícia o mais rápido possível”, disse o deputado. 

O parlamentar, que ganhou destaque nacional por interromper sessões e trabalhos na Câmara Federal, como comissões e audiências, criticou os deputados e os acusou de explorarem causas para buscar promoção nas redes sociais.  “Não tem uma ação positiva aqui no Congresso. Não faz nada de bom na Câmara. E quer se aproveitar em cima dos outros”, disse. 

“Essa é a estratégia deles [se referindo a partidos de esquerda], se aproveitar de uma causa que é muito séria. A causa da homofobia, a causa da transfobia é muito séria no nosso país. São assuntos muito sérios, assuntos delicados, não podem ser usados desta forma”, argumentou. 

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos do dia 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), determinou ainda na terça-feira que o deputado Abílio (PL) seja investigado pela polícia legislativa pela suposta fala LGBTfóbica contra Erika.

Durante seu discurso, o parlamentar afirmou que sua colega deputada recorreu à mídia para abordar o caso. No entanto, em resposta a Abílio, Erika disse que a opinião pública repudiou o comportamento dele.

“O parlamentar disse aqui que eu tentei, fui aos jornais, às mídias, eu não dei nenhum tipo de entrevista. Eu não precisei me colocar nesse papel, exatamente porque o comportamento que ocorreu ontem na CPMI, ele vai contra exatamente a opinião pública. Foi a opinião pública baseada nas imagens, nos vídeos, que produziram matérias. Eu não falei com nenhuma imprensa, porque não tenho esta necessidade”, pontou ao discursar no plenário em resposta a Abílio. 

Erika admitiu não ter escutado a suposta fala transfóbica de Abílio. No entanto, ela ressaltou que outros parlamentares afirmaram ter ouvido a declaração. Ela ressaltou que a investigação ficará a cargo da polícia legislativa e do Conselho de Ética. 

“O que cabe a mim dizer é que existimos respeito, que não estamos aqui a passeio e que não toleraremos nenhum tipo de caracterização debochada, ridícula, estereotipada da nossa comunidade. Estes senhores terão que compreender que nós saímos das esquinas, que nós saímos das mazelas, que nós saímos dos abandonos e chegamos aqui para ser produtora de políticas públicas”, declarou. 

A deputada mencionou que a comunidade LGBTQIA+ chegou à Câmara dos Deputados e permanecerá através de projetos e proposições, e enfatizou que não aceitará piadas e deboche. “Não aceitaremos ser chacota, ridicularização, piada e deboche. Acionaremos o Conselho de Ética e qualquer outra instância criminal contra qualquer parlamentar que tentar usar da nossa identidade ou da nossa orientação para nos desqualificar”.

 
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