A saída do deputado estadual Eduardo Botelho dos quadros do União Brasil é questão de tempo e mera formalidade. Tanto é que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) já não faz mais questão de estar presente em agendas internas do partido.

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Na manhã desta segunda-feira (7), o governador Mauro Mendes (União) recebeu os demais três deputados estaduais (Júlio Campos, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende) na sede da legenda, em Cuiabá, para filiação de novos quadros. Preferido de Mauro para disputar a Prefeitura de Cuiabá em 2024, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, também esteve presente, diferente de Botelho, que apesar de convidado, preferiu não aparecer.

“Tinha outras agendas, nem sei que hora foi a reunião. Eu estou trabalhando com a hipótese de estar fora do União Brasil. Já não estou mais trabalhando com a hipótese de trabalhar dentro do partido. Já me fecharam as portas, então vou pra algum lugar que tem portas abertas para mim”, disse, na tarde desta segunda.

“Fecharam as portas quando não quiseram discutir a questão, que já decidiram. Estou definindo meu rumo, não tenho vocação para fazer papel da Índia Moema, que ficou nadando rio e morreu afogada procurando o Caramuru”, completou.

A decisão agora anunciada oficialmente ocorre semanas após o governador afirmar, em primeira mão ao Olhar Direto, que já tem um acordo com Fábio, para que ele seja seu candidato ao Palácio Alencastro. Sem espaço, o presidente da ALMT agora foca na decisão de qual será sua nova legenda.

Já recebeu convites de diversos, como Republicanos, MDB e PSB, mas demonstra tendência de estar no PSD, do ministro Carlos Fávaro (Agricultura), que com a filiação de Botelho já articula a formação de um grupo para disputar o governo, em 2026.

Sem janela partidária, Botelho deve contar com a liberação do partido, presidido justamente por Mauro.