Olhar Direto

Sábado, 29 de junho de 2024

Notícias | Cidades

Ragnatela

Ex-líder de Emanuel na Câmara, vereador é alvo de operação contra lavagem de dinheiro de facção

05 Jun 2024 - 09:03

Da Redação - Gustavo Castro, Luis Vinícius e Max Aguiar

Foto: Reprodução

Ex-líder de Emanuel na Câmara, vereador é alvo de operação contra lavagem de dinheiro de facção
Investigação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT), no âmbito da Operação Ragnatela, apontou que o vereador Paulo Henrique (MDB), ex-líder do prefeito na Câmara, atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros. 


Leia mais
Membros de facção compraram casa de shows por R$ 800 mil e proibiram show do cantor MC Daniel


Conforme apurado pela reportagem, o vereador foi alvo de busca e apreensão e teve seu carro apreendido pelos policiais.

A operação visa cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos, para desarticular um núcleo de facção criminosa responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas.

Estão em cumprimento oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.

Ainda de acordo com as investigações, o show em que o MC Daniel foi hostilizado, em dezembro do ano passado, na Capital, está entre os eventos promovidos na casa noturna adquirida pelo Comando Vermelho por R$ 800 mil, com lucros do crime. 

Os faccionados realizavam show com MCs nacionais no local, em conjunto com promotores de evento, um deles é Rodrigo Leal. No entanto, MC Daniel foi escoltado para fora do show por ser de estado onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) atua. Algumas pessoas jogaram copos e outros objetos no artista e na equipe dele, e teve que sair escoltado do local. Isso porque, segundo a investigação, os faccionados repassaram ordens para que não fossem contratados artistas de São Paulo, tendo em vista ser o estado do PCC, rival da que atua no estado de Mato Grosso.

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos. Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto carioca de Santos Dumont.

A Operação Ragnatela contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Ciopaer) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público Estadual, Polícia Civil, PM, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

A Ficco-MT é uma força integrada, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

Mais informações em instantes
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet