Os 445.070 eleitores da capital terão quatro opções para a Prefeitura de Cuiabá no dia 6 de outubro. Com o fim das convenções, nesta segunda-feira (5), os nomes de Domingos Kennedy (MDB), Lúdio Cabral (PT), Abílio Brunini (PL) e Eduardo Botelho (União) foram confirmados na disputa.

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Na disputa, três "paus rodados", empresários, médico e arquiteto. Além disso, nome que disputa pela primeira vez e quem vai para a sétima disputa eleitoral.

O estreante

O primeiro a ser confirmado foi o empresário Domingos Kennedy, considerado a surpresa neste pleito, já que nunca disputou cargo eletivo e surgiu como última opção do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para defender seu legado no comando do município nos últimos oito anos.

Kennedy foi confirmado durante convenção no dia 27 de julho e tem como vice Miriam Calazans, presidente regional do PDT.

O emedebista nasceu em Paranavaí (PR). Filho de pequenos agricultores, começou a trabalhar muito cedo para ajudar nas despesas de casa. Trabalhou como empacotador e office boy. Em 1982, mudou-se para Cuiabá em busca de oportunidades. Foi bancário e em 1985 começou a trabalhar em uma empresa familiar, vindo a se tornar sócio de algumas empresas mais tarde.

Hoje, 42 anos depois, Kennedy atua como empresário do setor da indústria. É casado, tem quatro filhos, uma enteada e dois netos. Ocupou, por três vezes, a presidência do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Químicas do Estado de Mato Grosso (SINDIQUIMI/MT) e, por duas vezes, a vice-presidência. Por três mandatos, foi presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial (AEDIC), além de primeiro vice-presidente, também por um, e vice-presidente, por mais dois.

Nome da esquerda

O segundo a ter o nome convalidado pelo partido e aliados foi o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que disputa a prefeitura pela segunda vez – em 2012, foi derrotado no segundo turno pelo agora governador Mauro Mendes (União). A convenção foi realizada na manhã de sábado (3).

No palanque, além dos partidos que integram a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), tem a Federação PSOL/Rede e o PSD, que indicou a jornalista Rafaela Fávaro, filha do ministro Carlos Fávaro (Agricultura) para a vice.

Lúdio foi escolhido pelo grupo após vencer disputa interna, primeiro dentro do PT, com a ex-deputada federal Rosa Neide, vice-presidente da Conab; e depois na federação, com o vice-prefeito José Roberto Stopa, do PV.
Ao ser confirmado na disputa, destacou que entre os pontos positivos a sua candidatura, está a proximidade com o presidente Lula (PT), que durante visita a Várzea Grande, recebeu Lúdio e Rafaela para uma foto.

O petista é natural de Rio Verde (GO) e se formou em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Médico sanitarista e servidor público, é especialista na análise da saúde coletiva e no tratamento de doenças nas populações. Atua há mais de 25 anos na saúde pública, prestando atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil, foi diretor do Sindicato dos Médicos (Sindimed) e teve dois mandatos de vereador em Cuiabá, entre 2005 e 2012.

Em 2014 disputou o Governo de Mato Grosso contra Pedro Taques. Foi eleito deputado estadual em 2018 e reeleito em 2022, com 47.533 votos.



Nome da direita

Pelo campo da direita conservadora e sob as bençãos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Abílio Brunini foi confirmado como candidato do PL nesta segunda. No arco com o PRTB e Novo, terá como vice a tenente-coronel Vânia (Novo).

Natural de Cuiabá, é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Cuiabá (UNIC). Foi o segundo deputado federal mais bem votado em Mato Grosso na eleição de 2022, com 87.072 votos.

Presidente municipal do PL, é candidato a prefeito pela segunda vez. Em 2020, ficou no quase, perdendo no segundo turno para o prefeito Emanuel Pinheiro, por uma diferença de 6 mil votos.

Ganhou projeção política durante o mandato de vereador de Cuiabá, entre 2017 e 2020, quando chegou a ser cassado pelos colegas de Legislativo, conseguindo retomar o mandato por decisão da justiça.

Como deputado federal, ganhou destaque por protagonizar brigas e polêmicas durante sessões e reuniões da CPI do 8 de Janeiro, por exemplo.



Nome do governador

Por fim, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho, foi confirmado pelo União Brasil na noite desta segunda. No maior arco de alianças deste pleito (União Brasil, Republicanos, PSB, PP, Podemos, PRD, PMB e a Federação PSDB/Cidadania), tem como vice o médico Marcelo Sandrin (Republicanos).

Natural de Nossa Senhora do Livramento, há 42 km de Cuiabá, começou a trabalhar ainda na infância, junto com o pai, na roça. Após se mudar com a família para a capital, começou a vender jornais pela manhã e balas na porta dos cinemas à noite, nos áureos tempos do Cine Teatro e do Cine Bandeirantes.

Formou-se em Engenharia Elétrica pela UFMT e em Licenciatura, com especialização em Matemática, chegando a dar aulas em Cuiabá e cidades do interior, como Diamantino.

Após se tornar empresário, se filiou ao PSB e disputou sua primeira eleição em 2014, para a Assembleia Legislativa. Foi reeleito em 2018 – já no DEM – e 2022 – no União Brasil -, com quase 52 mil votos.

Neste período como parlamentar, esteve como presidente da Assembleia Legislativa por quatro mandatos: 2017/2019; 2019/2020; 2020/2022 e 2022/2024.

Para ser candidato, enfrentou uma disputa interna acirrada com o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, que brigou pela preferência do governador Mauro Mendes, presidente regional do União Brasil.