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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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legítima defesa

Grávida que matou pai e filho teria reagido a espancamento e não premeditou ação, diz familiar

Foto: Reprodução / Facebook

Bruna e o marido Rodrigo.

Bruna e o marido Rodrigo.

Suspeita de cometer um duplo homicídio, Bruna Felsk, de 26 anos, que está grávida de oito meses, teria agido em legítima defesa após uma sessão de espancamento promovida pela família da suposta amante do marido, João Rodrigo Custódio. Segundo relato de um familiar ouvido pelo Olhar Direto, Bruna não premeditou o crime e teria ido ao encontro do pai da suposta amante, Genuir de Barros, 67, quando acabou matando ele e o filho, Marcelo de Barros, 37. O episódio foi registrado na zona rural de Terra Nova do Norte (663 quilômetros de Cuiabá), no último sábado (22).


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Informações obtidas com exclusividade pela reportagem apontam que Bruna estaria perdendo líquido amniótico e estava em repouso em Colíder pois o bebê podia nascer a qualquer momento. Conforme o parente, Bruna e João Rodrigo estariam casados e na última sexta-feira (21), inclusive, o homem estaria na residência da sogra. Anteriormente, houve um episódio de traição e o casal se separou por determinado tempo, porém reataram o relacionamento. 

No sábado, ela e os pais haviam ido buscar o enxoval em uma fazenda em Terra Nova do Norte e na ocasião, Bruna teria descoberto que o marido estaria lhe traindo novamente. Bruna e o pais, então, teriam avistado Genuir de Barros, 67, pai da amante, para contar o que a filha estaria fazendo.

Bruna e Genuir teriam iniciado uma conversa, mas em dado momento, a mãe da suposta amante teria chamado a gestante de vagabunda. Foi quando os ânimos ficaram exaltados entre as famílias. Nesse intervalo de tempo, a suposta amante teria avisado João Rodrigo (marido da grávida), que Bruna estava na propriedade. João Rodrigo e o pai de Bruna foram até o local.  

“O Rodrigo chegou lá alterado e empurrando a Bruna. O irmão [da suposta amante, Marcelo] deu um murro pra acertar a mãe da Bruna, nisso ela se abaixou e o murro acertou a Bruna, que veio a sangrar e cair. Nisso deu chutes nela no chão”, descreve o familiar.

“Ao se levantar, ela [Bruna] viu que o Marcelo foi para cima do pai dela e então foi até o carro do esposo, sabendo que ele tem arma, e pegou. A Bruna atirou contra ele para defender o pai”, acrescenta.

Quando Bruna atirou, Genuir teria ido para cima da gestante para agredi-la com um soco, momento que ela atirou novamente. “Nisso a [suposta] amante resolveu sair da casa e espancou a Bruna. Sentou sobre a barriga dela e socava a cabeça da Bruna no chão”.

“A mãe da Bruna tentou tirar a amante de cima dela e não conseguia. O marido só olhava. Foi quando o pai da Bruna de fato tentou tirar a menina de cima batendo nela com as ‘costas’ do facão, disse.

No ínterim, a mãe da suposta amante teria buscado um pedaço de pau para bater na cabeça da mãe de Bruna, uma senhora de 52 anos, mas ela conseguiu se defender colocando o braço na frente. A mãe de Bruna ficou com a mão machucada. Ela tem comorbidades como fibromialgia, osteopenia, depressão, lúpus, artrite, artrose, entre outras. A confusão cessou e todos foram embora.


 
“Não era para nada disso ter acontecido se a [suposta] amante não tivesse ligado para o marido da Bruna mandando ir lá. Eles estavam conversando e inclusive deixaram o carro ligado porque não iam demorar. A confusão toda se formou porque a [suposta] amante chamou João Rodrigo. Ou seja. A Bruna não premeditou nada. Muito menos saiu armada atrás de ninguém”, assevera.

Conforme o familiar, Marcelo, que iniciou a agressão, tem passagens na polícia por crimes de tráfico de drogas e roubo.

O delegado José Getúlio Daniel, responsável por conduzir inquérito que investiga as mortes, afirmou que já foram realizadas as perícias necessárias para esclarecimento do caso e que estão sendo colhidas as provas para apurar as circunstâncias do crime.

“Ainda estamos em diligências ininterruptas. São fatos graves que acabaram levando duas pessoas a óbito. Ainda estamos investigando quais são os motivos e os meios de execução para realização desses fatos criminosos. Foram realizadas as perícias necessárias, estamos realizando e colhendo, ainda, as provas para poder esclarecer da forma mais breve possível como tudo ocorreu”, explicou o delegado na manhã desta segunda-feira (24).

“Certamente é uma investigação sensível que deverá ser realizada com toda diligência, com calma, para podermos apresentar a veracidade dos fatos. São muitos envolvidos. Certamente com a investigação policial poderemos entregar tanto a sociedade, quando ao Ministério Público ao Poder Judiciário todos esses fatos devidamente esclarecidos”, finalizou. 
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