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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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maior uso ilegal da história

Empresários da mesma família e DJ de Cuiabá foram presos pela PF em esquema de compra de mercúrio; veja nomes

Foto: Reprodução

Empresários da mesma família e DJ de Cuiabá foram presos pela PF em esquema de compra de mercúrio; veja nomes
A Polícia Federal cumpriu dez mandados de prisão, sendo cinco de preventivas e o restante de temporárias, durante operação que desmembrou o maior esquema de uso ilegal de mercúrio da história, na manhã desta terça-feira (1º). Empresários da mesma família e um DJ de Cuiabá foram alvos dos mandados. 


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O empresário e químico Ali Veggi, o filho dele, Arnoldo Veggi, além de Edgar Veggi, Edilson Rodrigues de Campos, Anderson Ferreira de Faria e do DJ Patrike Noro de Castro foram alvos dos pedidos de prisão preventiva. 

Ainda foram cumpridos mandados de prisão temporária, com reclusão de cinco dias, contra o pai e a esposa de Edgar, Edy Veggi e Bruna Veggi. Felix Bless e André Ponciano Luiz também foram alvos das prisões temporárias em Mato Grosso. 

Os alvos da família Veggi fazem parte do Grupo Veggi, que seria responsável por seis empresas, das quais cinco registradas no Brasil e três com declaração de compra, venda, importação ou tentativa de importação de mercúrio junto ao Sistema de Relatório de Mercúrio do Ibama. 

Ao longo dos anos, as empresas que compõem o grupo teriam adquirido 1353,4 kg de mercúrio por compra. Ali Veggi é considerado um dos principais mandantes intelectuais do esquema pela PF. 

Operação Hermes (Hg)

A operação "Hermes (Hg)" foi deflagrada pela PF na manhã desta quinta-feira (1º).  No total são cinco mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, e 49 mandados de busca em cidades de Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia, incluindo residências, sedes de empresas, depósitos e áreas de mineração.

Na ação, o genro do empresário Valdinei Mauro de Souza, conhecido como Nei Garimpeiro, foi um dos alvos. O mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do empresário, no condomínio Alphaville, em Cuiabá. 

Nei Garimpeiro é proprietário da mineradora Santa Clara, do grupo Fomentas Mining Company, em Poconé (104 km de Cuiabá) e também de garimpos no distrito de Cripolizinho, no Pará. A PF também esteve em Nossa Senhora do Livramento (a 42 km da Capital). 

Uso ilegal de mercúrio 

O CTF prevê que toda a comercialização e uso de mercúrio metálico no Brasil ocorra em estrito cumprimento da legislação. Esse escopo institucional é chave para a implementação da Convenção Internacional de Minamata, ratificada pelo Brasil em 8.8.2017, após aprovação pela ONU.

O controle de mercúrio é instrumento de proteção ambiental e defesa da Saúde Pública, uma vez que seu mau uso pode contaminar rios em que são utilizados, comprometendo animais, peixes e humanos. Trata-se de elemento tóxico que pode causar danos irreversíveis, inclusive no sistema nervoso central e levar à morte. 

Como o Brasil não extrai a substância da natureza, sua origem está na importação ou reciclagem de resíduos como lâmpadas e materiais odontológicos.
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