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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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INQUÉRITO FINALIZADO

Vereador e mais três pessoas são indiciadas por 57 crimes em Mato Grosso; veja lista

Foto: Reprodução

Mesmo com bens bloqueados, o vereador tinha R$ 7 mi em imóveis.

Mesmo com bens bloqueados, o vereador tinha R$ 7 mi em imóveis.

O vereador Reginaldo Carreirinha (MDB) e mais três pessoas foram indiciadas por 57 crimes em inquérito instaurado pela Delegacia de Brasnorte (579 km de Cuiabá), para apurar atos ilícitos de estelionato, receptação, crimes ambientais, tributários e de lavagem de dinheiro, relacionado à aquisição fraudulenta de terras públicas destinadas à reforma agrária. O procedimento policial foi encaminhado ao Poder Judiciário na segunda-feira (19).  


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Ao todo, os investigados cometeram 57 crimes, sendo que dois deles (o vereador e outro que se encontra fora do país), juntos tiveram a participação identificada em 55 crimes, sendo quatro crimes de receptação qualificada; um estelionato; três crimes tributários formais; dezoito crimes tributários e vinte e nove crimes de lavagem de dinheiro. O terceiro investigado foi indiciado por receptação, e o quarto envolvido responderá por receptação e estelionato.

O delegado responsável por conduzir as investigações, Eric Márcio Fantin, explica que as diligências iniciaram após a Delegacia de Brasnorte ser informada sobre uma organização criminosa, em que um dos integrantes seria um vereador da cidade, o qual possuía e administrava patrimônio multimilionário, incompatível com sua renda e com sua declaração pública de bens.

Segundo apurado pela Polícia Civil, junto ao parlamentar, estava por trás de todas as negociações um homem, que teve a saída registrada do Brasil no ano de 2019. Durante o trabalho investigativo, 16 pessoas foram ouvidas acerca dos fatos, resultando na coleta da materialidade criminosa.

Das provas reunidas foi possível identificar as movimentações de bens dos investigados, que alcançaram o valor de mais de R$ 7,4 milhões. Sendo que mesmo com a representação pelo bloqueio de bens dos suspeitos, Carreirinha ainda se encontrava na posse de 13 imóveis, que totalizavam o valor aproximado R$ 7 milhões.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, o parlamentar e seu comparsa também configuram como autores em crimes antecedentes de lavagem de capitais, crimes ambientais, tributários, receptação e estelionato, bem como os próprios crimes conexos comprovados nos autos, além da evidente lavagem em cadeia (lavagem da lavagem).

Ao ser ouvido e oportunizada a defesa, o vereador manteve o direito ao silêncio. Já o seu comparsa, que se encontra fora do Brasil, não respondeu as mensagens, razão pela qual entende-se que mantém seu direito ao silêncio.

Após meses de apurações, buscas, levantamentos de dados, entre outras diligências, a Polícia Civil finalizou esse trabalho com o indiciamento de vereador e o comparsa por crimes de receptação qualificada de lotes terras públicas destinadas à reforma agrária; estelionato ao vender lote de terras públicas como se fossem suas; crimes tributários formais ao não declarar fatos geradores de Imposto de Renda Pessoa Física; crimes tributários ao não declarar fatos geradores de ITBI e crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação da propriedade e movimentação de bens.

Os outros dois acusados foram indiciados por receptação, e um deles também responderá pelo crime de estelionato. (Com informações assessoria de imprensa)
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