Duas árvores paineiras centenárias em Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá) serão derrubadas para ampliação da Feira do Produtor, nas proximidades da rodoviária do município. A decisão polêmica tem causado revolta em alguns populares, que não concordam com a ação.
Com um investimento de R$ 4,3 milhões, a obra tem previsão para duração de 12 meses. A ordem para a readequação e ampliação da Feira do Produtor foi assinada no dia 25 de maio pelo governador em exercício Otaviano Pivetta e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).
A derrubada das árvores tem aval da engenheira florestal Leilane Cristina Oliveira Costa. Na justificativa, a profissional afirma que uma das árvores está comprometida devido a infestação por cupins. "Verificam-se a existência de galhos secos, com risco de queda, lesões no tronco comprometendo a estabilidade de alguns indivíduos", diz trecho do documento.
"Devido o espaço estar destinado a instalação da segunda fase da obra da Feira do Produtor, observou-se a necessidade de suspensão dos indivíduos com a finalidade de prevenir possíveis acidentes, garantindo a integridade das futuras instalações e da população", escreveu a engenheira.
Ao todo, o espaço da Avenida Rio da Casca, o loteamento que será destinado à praça, conta com 16 árvores, sendo três mangueiras, um cedro, um flamboyant, cinco sibipirunas, quatro paineiras, uma embaúba e uma leucena. Todas elas de grande porte e algumas alcançando mais de dez metros de altura.
Procurada, a prefeitura de Chapada dos Guimarães confirmou a retirada das árvores. Para recompensar, disse que está promovendo o replantio de outras árvores. A ideia é que cem mudas de árvores sejam replantadas.
"Ontem no horto foi replantado e hoje está sendo plantado mais de 100 pés de cedros de boa estatura e vão fazer mais umas compensações de plantio de árvores no Parque do Olho d'Água, em recuperação de algumas áreas degradadas", escreveu.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), bem como a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) foram procuradas pela reportagem, mas não se posicionaram até a publicação desta matéria.
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