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Sábado, 27 de julho de 2024

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Forte chuva faz muro de escola militar desabar em cima de casa com idosa e netos: “Nasci de novo”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Forte chuva faz muro de escola militar desabar em cima de casa com idosa e netos: “Nasci de novo”
Moradora do bairro Jardim Glória I, em Várzea Grande, há 45 anos, Elizabeth Fortes, 64 anos, viu sua casa ser destruída pela força da água que causou desmoronamento do muro da Escola Militar Tiradentes. Diante da forte chuva na madrugada desta segunda-feira (14), ela teve que quebrar com o pé a porta de vidro do imóvel para não morrer afogada junto com os três netos. "Eu nasci de novo", comemora. 


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A aposentada contou em entrevista ao Olhar Direto que o risco de desabamento existe há muitos anos. Antes da gestão da unidade ser passada para a Polícia Militar, ela comunicou à Secretaria de Educação (Seduc) e pediu providências, pois tinha medo que duas árvores desabassem na residência.

“Era o mesmo risco e ninguém tomou providência. Ainda falaram pra mim: ‘se você entrar com processo vai demorar 20 anos’”. afirma. Na época, a idosa precisou pagar um pedreiro para melhorar a situação e impedir que o barranco da escola desabasse.



Cerca de quatro anos depois, o que ela mais temia aconteceu. “Era meia-noite e desabou. Eu nasci de novo. Eu estava dormindo e acordei com o grito do meu neto”, afirma. Neste momento, o barranco da escola já havia desabado em cima da casa de Elizabeth e a água já atingia o peito dos moradores. 

A água, com barro e outros destroços, invadiu a residência e eles se viram encurralados. “Eu ia morrer afogada dentro da casa. Eu quebrei o vidro com meu pé, que agora está cheio de cacos de vidro. Conseguimos tirar um pouco da água, graças a Deus, e saímos pela janela. Foi quase uma hora gritando e pedindo socorro. Não gosto nem de lembrar”, pontua.



Apesar do susto e das perdas materiais, a família está bem. Elizabeth disse que depois do desmoronamento a direção da Escola Militar Tiradentes esteve em sua casa e afirmou que irá reconstruir a parte destruída. Ela também pensa em acionar a Justiça para que os gastos sejam ressarcidos. 

Como a força da água derrubou o muro e as paredes da casa, todos os móveis também foram destruídos. A aposentada se recorda, inclusive, de uma geladeira de R$ 5 mil que ela demorou três anos para pagar. Bastante apegada a sua fé, Elizabeth acredita que Deus irá ajudá-la a reconstruir sua residência e adquirir novos móveis. 

Sem ter para onde ir, a aposentada aceita doações de alimentos ou através do PIX. O telefone para entrar em contato é (65) 99257-5510 (Janaina – filha) ou (65) 99226 - 6072 (Carlos - filho). 

Veja vídeo: 

 
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