Olhar Direto

Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Cidades

Efialtes

Faxineira do Cisc, filha, policial agiota e suplente de vereador estão entre os alvos de operação

Foto: Reprodução

Faxineira do Cisc, filha, policial agiota e suplente de vereador estão entre os alvos de operação
Uma faxineira da Central de Flagrantes (Cisc) de Cáceres (220 km de Cuiabá) e a filha dela estão entre os presos na operação Efialtes, deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (7), com base em investigações que apuraram a violação de lacres e troca de cloridrato de cocaína apreendido, constatada durante uma incineração de drogas realizada em abril deste ano.


Leia também:
Droga furtada por policiais era transportada por famoso corredor do tráfico internacional de cocaína

Operação prende policiais civis, bloqueia R$ 25 mi e desvenda esquema de tráfico de drogas

Maria Lúcia da Silva e Ariane da Silva Almeida seriam os auxiliares de policiais civis do Cisc (1ª DP) e da Delegacia de Fronteira (Defron) que desviavam drogas apreendidas na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Entre os cinco servidores alvos está o policial e suplente de vereador Antônio Mamedes. Ele encontra-se foragido.

Outro servidor é o investigador Luismar Castrillon Ramos, de 50 anos, preso em agosto deste ano por crime de agiotagem, durante a operação Loan Shark, após ameaçar uma comerciante, que também é alvo da operação. 

Os demais investigadores são: Ariovaldo Marques Aguilar, Sérgio Amancio da Cruz e Paulo Sérgio Alonso. 

A Corregedoria da Polícia Civil começou a investigar o caso em abril deste ano quando policiais da Defron realizavam incineração de uma tonelada de droga e descobriram que alguns lacres haviam sido rompidos e parte do material substituído por tijolo, gesso, isopor e areia, por exemplo.

Na ocasião, a Perícia Técnica (Politec) esteve no local para fazer análise dos dados e dos lacres. Mas a presença dos peritos teria deixado alguns policiais desconfortáveis. Dois dos alvos da operação estariam entre os servidores que realizavam a incineração.
 
Um mês após a descoberta da troca do entorpecente, a segurança na 1ª Delegacia de Polícia (Cisc) foi reforçada, conforme explicou a delegada Alessandra Marquez Alecrim, em coletiva de imprensa. “Desde que eu assumi a regional e quando foi liberado nosso acesso a sala da 1ª DP pela Corregedoria, em maio, mudamos o ingresso da sala cofre. Hoje é com fechadura que só um servidor tem acesso porque é por digital. Essa fechadura é auditável, ela marca quanto tempo a porta ficou aberta, que hora abriu e fechou, o dia. E na sala de drogas temos uma câmera e do lado de fora uma câmera de cada lado do corredor que funciona 24 horas por dia para filmar quem passa. Além da fechadura, temos dois cadeados e mais a chave que trancamos lá”, disse.

Segundo a investigação, os policiais vendiam o entorpecente a traficantes que usavam um dos mais antigos corredores do tráfico de cocaína: a Rota Caipira, no interior de São Paulo. As drogas foram enviadas para Uberlândia (MG), pela Rota Caipira, e para o Nordeste (Maranhão e Piauí), sendo utilizadas empresas para lavar o dinheiro nos estados de Tocantins (Palmas/Nova Rosalândia) e de Mato Grosso (Mirassol d’Oeste e Cáceres).

Foram identificados três grupos envolvidos no esquema: o primeiro dos policiais e de seus auxiliares, para a substituição e subtração das drogas apreendidas; segundo dos traficantes compradores e responsáveis pelos transportes e o terceiro o dos responsáveis pela lavagem de dinheiro, seja pelas empresas ou por laranjas.

Conforme a Polícia Civil, foram decretadas 102 ordens judiciais, sendo 39 mandados de prisão preventiva, 59 buscas e apreensões, quatro ordens de suspensão de atividades econômicas de empresas utilizadas para realizar a lavagem de dinheiro, além do bloqueio de valores no montante de R$ 25 milhões, sequestro de 14 veículos e quatro imóveis e o bloqueio de contas bancárias dos investigados.
 
As ordens judiciais são cumpridas nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás. A operação conta com a participação de mais de 300 policiais civis, sendo 270 da Polícia Civil de Mato Grosso e 30 dos outros estados.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet