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Suspeito de financiar assassinato de Zampieri, coronel do Exército chega em aeroporto sem algemas; veja vídeo

17 Jan 2024 - 12:32

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Luis Vinicius

Foto: Reprodução/Olhar Direto

Suspeito de financiar assassinato de Zampieri, coronel do Exército chega em aeroporto sem algemas; veja vídeo
Suspeito de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini Vargas, acaba de chegar em solo mato-grossense, onde deve cumprir prisão temporária. Ele foi detido na segunda-feira (15), em Belo Horizonte, e trazido nesta quarta-feira (17) pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), liderada pelo delegado Nilson André Farias. Ao pousar no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, o investigado estava sem algemas e se recusou a responder os questionamentos da imprensa.


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Nesta terça-feira (16), O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), indeferiu pedido da defesa do coronel, que tentou evitar a transferência do suspeito para a capital mato-grossense, onde o crime foi cometido, no dia 5 de dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde.

 

A defesa do coronel, patrocinada pelo advogado Alessandro de Melo Pincer, ingressou com um pedido para poder impedir a transferência do militar para Mato Grosso. Além disso, o jurista solicitou a redução do prazo da prisão temporária, de 30 para cinco dias.
 
O representante do Ministério Público (MPE), promotor de Justiça Samuel Frungilo, manifestou-se contrário ao pedido da defesa.
 
O juiz, por sua vez, negou pedido da defesa e justificou que “para o bom andamento das investigações” o militar deveria ser transferido à cidade onde ocorreu o crime. 

Investigação

O coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foi preso após ser delatado por outros supostos criminosos envolvidos no assassinato. 

Zampieri foi executado com cerca de dez tiros na noite do dia 5 de dezembro, em frente ao seu escritório de advocacia, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.

Em entrevista à TV Centro América, o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nilson Farias, afirmou que além das confissões dos executores, também foram encontradas provas que corroboram com a versão dos envolvidos.

“Ouvindo os executores, eles confessaram a prática do delito e informaram quem efetuou os pagamentos. Utilizando de técnicas investigativas, dados técnicos, além das oitivas deles, foi confirmada [a presença] desses indivíduos no escritório desse coronel do exército”, disse Farias.

A autoridade policial afirmou que ainda não sabe qual o interesse de Etevaldo na morte de Zampieri. Ao ser interrogado nesta segunda-feira, o coronel ficou em silêncio.

“Fizemos o interrogatório dele e nesse primeiro momento ficou em silêncio. Porém, as diligências continuam, estamos analisando materiais, analisando celulares e em breve teremos a elucidação desse crime”, afirmou.

Manutenção da prisão
 
Na audiência de custódia, realizada na terça-feira (16), a juíza Giselle Maria Coelho de Albuquerque, da Vara de Precatórias Criminais de Belo Horizonte (MG), manteve a decisão que decretou a prisão temporária do coronel.
 
Na ocasião, ela deixou de apreciar ainda os pedidos da defesa para que o autuado não seja transferido para Mato Grosso e que o prazo do mandado de prisão seja reduzido, por entender que “os fatos serão esclarecidos junto ao juízo competente, que analisará os pedidos".
 
A magistrada ainda determinou que fosse enviado ofício à Promotoria dos Direitos Humanos, com cópia da ata, da mídia da audiência de custódia realizada e dos documentos que determinaram a prisão do autuado, a fim de que seja apurada “violência psicológica” alegada pelo investigado.
 
O coronel alega que os policiais civis não observaram a sua prerrogativa de militar do exército e também em função da “compleição física dos policiais”, que cumpriram a prisão.

O delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), negou ter havido qualquer tipo de violência na prisão do coronel. A autoridade policial afirmou ao Olhar Direto que foi concedido ao militar, que está na reserva remunerada, todas as prerrogativas de um oficial da ativa, incluindo ligar para um general de sua preferência e advogado.

Prisão

Etevaldo foi preso em sua casa, em Belo Horizonte, onde mandados de buscas e apreensões também foram cumpridos pelo Poder Judiciário.

O coronel foi transferido para Cuiabá assim como os demais investigados: Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como a mandante do crime; Antônio Gomes da Silva, suposto executor; e Hedilerson Martins Barbosa, que teria intermediado o crime.

Relembre

Zampieri foi surpreendido pelo assassino quando saía do seu escritório de advocacia no bairro Bosque da Saúde, em dezembro. Ele foi atingido com diversos tiros ao entrar no seu veículo Fiat Toro.

O crime foi registrado por câmeras de segurança instaladas em prédios residenciais localizadas em frente ao escritório de advocacia.

Atualizada às 12h57min
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