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Segunda-feira, 17 de junho de 2024

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no paraná

Vazio sanitário da soja retarda aparecimento da ferrugem asiática

O vazio sanitário da soja no Paraná chegou ao fim no dia 15 e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulga os resultados que constata o retardamento do aparecimento de focos da ferrugem asiática, doença provocada por fungos.

O vazio sanitário da soja no Paraná chegou ao fim no dia 15 e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento divulga os resultados que constata o retardamento do aparecimento de focos da ferrugem asiática, doença provocada por fungos que atacam as lavouras de soja. Conforme avaliação da Secretaria, os resultados são considerados satisfatórios porque houve o retardamento de aparecimento dos focos da doença no Estado e redução também da aplicação de fungicidas, medida que encarece os custos de produção das lavouras para o produtor, e não preserva o meio ambiente.


O vazio sanitário da soja é uma medida fitossanitária que tem por finalidade não permitir a permanência de plantas vivas de soja na entressafra, evitando que o fungo se estabeleça e venha atacar as lavouras de soja na safra normal, pois o fungo sobrevive nestas restevas que se tornam plantas hospedeiras.

Segundo o Departamento de Fiscalização e de Defesa Agropecuária (Defis), departamento responsável pela fiscalização no Estado, os produtores paranaenses atenderam ao chamado de não cultivar soja no período de 15 de junho a 15 de setembro, bem como eliminar as plantas remanescentes de lavouras da safra normal, por entenderem que se trata de um beneficio para eles próprios. Mas aos que não eliminaram as plantas voluntárias (que nascem espontaneamente nas lavouras e rodovias) e restevas (que permanecem nas lavouras mesmo após a colheita), quando constatado e aos casos encontrados, estes foram alvos de notificações e autuações.

Segundo a engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, responsável pela execução do vazio sanitário no Paraná, desde 2007, quando a medida foi implantada pela primeira vez, está havendo um retardamento do aparecimento dos focos iniciais da doença nas lavouras, que é um grande benefício para evitar a proliferação acentuada da ferrugem asiática durante a safra.

Comparativamente, nas safras 2007/08 e 2008/09 com a medida do vazio sanitário, clima e outras praticas de manejo, o retardamento do aparecimento de focos da doença na safra foi efetivamente constatado. Em dezembro de 2007, foram verificados 24 focos de ferrugem, e no mesmo mês, em 2008, apenas 3 focos. Já em janeiro de 2008 foram detectados 330 focos da doença, contra 132 no mês de janeiro de 2009, portanto números bem menores.

Outro benefício conquistado com o vazio sanitário foi a redução da aplicação de fungicidas nas lavouras, medida que reduz o custo de produção e preserva o meio ambiente. Marcondes citou a informação de uma cooperativa, com grande área de abrangência no Estado, que contabilizou a redução de 2,3 aplicações de fungicidas nas lavouras de soja em 2006/07 para 1,8 em 2007/08 e 1,3 aplicações na última safra, em 2008/09.

Foram feitas 134 notificações, correspondente a uma área de 5.035 hectares, e 69 autuações que correspondem a uma área de 1.986 hectares e mais 213 quilômetros de rodovias. As penalidades das autuações vão desde a advertência até multas que variam de R$ 50 a R$ 5 mil.

Conforme a Resolução 120/07, que estabelece o vazio sanitário para o Paraná, cabe às concessionárias que administram as rodovias a limpeza e eliminação das plantas de soja que emergem nas margens das rodovias. Geralmente, acontece derramamento de grãos no transporte, sendo que as transportadoras também são notificadas e penalizadas para solucionar este derrame que é uma constante no transporte. Entre as regiões que mais geraram notificações e autuações foram Campo Mourão, Toledo e Guarapuava, Cornélio Procópio, Laranjeiras do Sul, União da Vitória, entre outras.

Segundo Marcondes, o número de notificações e autuações foi maior este ano em relação à safra anterior. Na safra 2008 foram feitas 76 notificações, correspondente a uma área de 4.562 hectares e 50 autuações correspondente a 1.942 hectares. Em 2008 houve uma geada severa nos dias 15 e 16 de junho , que matou as restevas de soja ainda existentes. “A geada naquele ano foi grande coadjuvante do vazio sanitário no Paraná”, disse a agrônoma. Já este ano, o clima foi mais chuvoso e ausência de geadas fortes favoreceu a germinação e desenvolvimento das plantas de soja, comparou.
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