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Domingo, 02 de junho de 2024

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até novembro

Exportações de couros somam US$ 1 bilhão

Foto: Reprodução

Exportações de couros somam US$ 1 bilhão
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 1,028 bilhão no acumulado dos onze meses de 2009, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Em comparação a igual período do ano passado, o resultado representa uma redução da ordem de 42%, mas sinaliza um movimento de recuperação, já que o balanço de novembro registrou aumento de 11% em relação ao mesmo mês do período anterior, somando US$ 115,26 milhões. Segundo o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, o valor exportado em comparação ao período anterior, ainda vai ficar em 40% ou US$ 700 milhões abaixo da receita embarcada em 2008 (US$ 1,88 bilhão).

“A nossa meta para 2010 é recuperar, ao menos, 50% dessa diferença, ou seja, algo ao redor de US$ 350 milhões, e ao mesmo tempo redobrar esforços para ampliar as vendas no mercado doméstico”, explica o executivo.

Em sua opinião, o comportamento do setor poderia ser muito melhor, não fosse o abalo da crise financeira que impactou a demanda internacional por couros e a valorização do real perante o dólar, que afetou as exportações dos curtumes brasileiros no mercado mundial. Além disso, pesaram outros fatores, como as altas taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema de infra-estrutura e, principalmente, a falta de capital de giro para as empresas curtidoras.

No campo interno, Goerlich diz que a entidade vem apoiando as indústrias curtidoras em decorrência dos efeitos da crise. O executivo considera fundamental a criação de linhas de créditos para capital de giro pelo Banco do Brasil e BNDES, a adequação de prazos e encargos de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio), a reedição do REVITALIZA, além de agilização nos ressarcimentos de créditos de exportação e autorização da compensação automática de créditos fiscais.

Já no âmbito internacional, várias ações são desenvolvidas por meio do convênio entre o CICB e a ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, estimulando as exportações do couro brasileiro no mercado mundial.

Como exemplo destas ações para minorar os efeitos da crise, o executivo cita a bem sucedida campanha que a entidade desenvolveu com o apoio da Apex durante a última feira de Hong Kong. “Além desta iniciativa, também realizamos, com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, missão internacional à Europa para promover parcerias com entidades, universidades e centros técnicos de excelência de couro”, explica Goerlich.

Malásia, Paraguai, Romênia e Líbano aumentam as importações de couro

Até novembro, os principais destinos do produto nacional foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 373,78 milhões (36,35% de participação); Itália, com US$ 232,51 milhões (22,61% de participação); Estados Unidos, US$ 89,35 milhões (8,7%), Vietnã, com US$ 38,23 milhões (3,72%), México, US$ 34,7 milhões (3,37%), Indonésia, US$ 26,77 milhões (2,6%) e Alemanha, com US$ 25,34 milhões (2,47%).

No acumulado dos onze meses de 2009, a Malásia importou US$ 8 milhões (63%), o Paraguai aumentou suas compras (220%), somando US$ 3 milhões, enquanto a Romênia cresceu 173%, adquirindo US$ 1,88 milhão, enquanto a Bolívia aumentou em 145% suas compras, comprando US$ 228,53 mil.

Entre outros países que aumentaram as aquisições do couro brasileiro, o Líbano foi um dos mercados de grande crescimento (332%), importando US$ 167,44 mil, seguido da Bulgária que cresceu 510%, totalizando US$ 54,41 mil e a Guatemala (523%) que importou US$ 42,98 mil.

Principais estados exportadores

Pará, Piauí e Espírito Santo crescem participação no mercado mundial

O balanço dos embarques de couros dos estados brasileiros de janeiro a outubro de 2009, ante ao acumulado do ano passado, atesta que o Rio Grande do Sul segue na posição de maior exportador nacional (US$ 276,83 milhões, 27% de participação e redução de 42%), seguido por São Paulo (US$ 235,76 milhões, participação de 23% e queda de 57%), Ceará (US$ 108,46 milhões, 10,5% e recuo de 38%) e Paraná (US$ 79,81 milhões, 7,76%, e decréscimo de 16%).

Os demais estados são Bahia (US$ 77,52 milhões), Mato Grosso (US$ 58,5 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 54,52 milhões), Goiás (US$ 48,51 milhões) e Minas Gerais (US$ 40,37 milhões). Cabe ressaltar o crescimento significativo no acumulado do ano das exportações do Pará (US$ 17,52 milhões e incremento de 26%), Piauí (US$ 6 milhões e aumento de 70%) e Espírito Santo (US$ 188,92 mil, 271%).

Couro movimenta PIB estimado em US$ 3,5 bilhões

O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) é uma entidade federativa que representa, há 52 anos, cerca de 800 empresas de produção e processamento de couro. O complexo industrial emprega cerca de 50 mil pessoas, movimenta um PIB estimado em US$ 3,5 bilhões, exportou US$ 1,8 bi em 2008, contribuindo em 7% para o saldo da balança comercial brasileira. Já a cadeia produtiva do couro que abrange os setores de curtumes, calçados, componentes, máquinas e equipamentos para calçados e couros, artefatos e artigos de viagem em couro, reúne 10 mil indústrias, gera mais de 500 mil pessoas e movimenta receita superior a US$ 21 bilhões de dólares por ano. As informações são de assessoria de imprensa.
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