Uma mulher de 48 anos foi presa na última terça-feira (12), em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, suspeita de passar-se por advogada e de cobrar valores por ações judiciais que nunca existiram. Ela já havia respondido por crimes de estelionato anteriormente e, segundo o delegado titular de Pinhais, Fábio da Silva Júnior, era “figurinha carimbada” na região.

A suspeita montou um escritório em um ponto comercial de Pinhais, lá colocou uma placa que afirmava o funcionamento de uma imobiliária e escritório de advocacia. “Quem passava próximo acabava entrando. Então ela ludibriava a pessoa, se dizia advogada, cobrava um valor e dizia que entraria com a ação”, explicou ao G1 o delegado Fábio.

Segundo a polícia, as investigações apontaram que pelo menos três pessoas foram vítimas do golpe, que foi descoberto através da denúncia de uma dessas pessoas. “Uma das vítimas foi até o Fórum procurar a ação de separação e não havia. Então ela veio na delegacia, fez um Boletim de Ocorrência de estelionato e nós passamos a apurar o caso”, contou o delegado.

Questionado sobre a verdadeira profissão da suspeita, o delegado afirmou que as investigações mostraram que há alguns anos ela auxiliava um advogado em alguns processos, de onde a polícia acredita que deve ter vindo a experiência para enganar as vítimas.

Ela responderá criminalmente por estelionato, que possui pena de um a quatro anos. No entanto, por consequência do histórico da suspeita, o delegado acredita que em caso de condenação a pena deve chegar a seis anos de reclusão.

Valores
Segundo o delegado Fábio, ainda não é possível saber a quantia de dinheiro que a suspeita conseguiu através dos golpes. Ele contou que no caso da vítima que denunciou o caso, foi cobrado R$ 1 mil pelo suposto serviço, mas que ainda é possível que existam vítimas desconhecidas da polícia. “Com a divulgação da prisão e da imagem dela, a gente espera que se alguém foi vítima desse tipo de golpe, que venha até a delegacia”, orientou Fábio.