Não saiu de moda, não. Se pesquisar, é possível conseguir uma economia de até R$ 2 mil em um ano. É o resultado de uma pesquisa feita em mais de mil supermercados brasileiros. O esforço de bater perna vale uma boa recompensa. Dá para comprar uma televisão nova só com a economia.

O levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostrou que a diferença de preços pode chegar a 200% de um supermercado para outro. A pesquisa também mostrou que até mesmo em lojas diferentes da mesma rede há diferenças significativas de preços.

Muitos consumidores ainda não comparam preços. “A correria do dia a dia não dá tempo”, comenta uma paulistana. Uma pesquisa feita em 13 estados e no Distrito Federal levantou os preços de uma cesta com 104 itens vendidos em supermercados.

A pesquisa diz que, se essa cesta de produtos for comprada todos os meses em um supermercado de São Paulo que vende mais barato, ele vai economizar R$ 1 mil por ano. Se essa mesma cesta for comprada em um supermercado de Brasília que tem os preços mais em conta, a economia vai ser ainda maior: quase R$ 2 mil.

Apesar disso, o Distrito Federal tem a cesta de mercadorias mais cara quando comparada aos outros estados. Ela custa 19% mais que a cesta de Pernambuco, que apresentou o menor preço. Às vezes, o consumidor nem precisa andar muito para gastar menos.

“No Rio de Janeiro, nós encontramos entre dois supermercados localizados na mesma rua uma diferença de 22%”, aponta Polyanna Carlos Silva, superintendente institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

Em alguns produtos, há grandes variações de preços: 120% de diferença no refrigerante de dois litros; 171% no limpa vidros; 192% na lasanha e até 200% na água sanitária.

Valéria faz pesquisa e passou a comprar em dois supermercados para aproveitar os menores preços que cada um oferece. “É mais fácil bater perna do que ganhar o dinheiro”, comenta.