Olhar Direto

Sexta-feira, 26 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Doação de órgãos em SP cai em cerca de 5% em relação a 2011

O estado de São Paulo registrou uma pequena queda na quantidade de órgãos doados em 2011, em comparação a 2010. Foram 603 doações entre o início do ano e 15 de setembro, contra 635 do mesmo período no ano passado.


A queda que representa cerca de 5% é vista com naturalidade pelo coordenador da Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado. “A variação de 5% ou 6% é muito pequena para afirmar que há alguma tendência”, disse Luiz Augusto Pereira. “Não é um número que assuste, não há nenhum alarme quanto a isso”, avaliou.

Na maioria dos casos em que a doação é possível, a morte é súbita. A causa mais comum da morte dos doadores que são aproveitados é o trauma de crânio – por acidente ou assassinato –, seguido pelos acidentes vasculares cerebrais (AVC’s). A idade média dos doadores em 2011 é de 41,8 anos.

“É um momento difícil demais para a família”, relatou Pereira. Por isso, ele pede que os doadores deixem bem claro, enquanto vivos, que querem que os órgãos sejam aproveitados. “A melhor campanha é sempre avisar aos parentes. Isso facilita demais a decisão da família”, argumentou. A decisão só pode ser tomada por parentes em até segundo grau – pais, filhos, avós, netos ou irmãos – e cônjuges.

Como funciona
Quando a morte encefálica é confirmada, os médicos fazem exames para confirmar a possibilidade da doação e avisam à Central. Em seguida, a família é entrevistada para autorizar ou não a reutilização dos órgãos.

O aproveitamento de cada parte do corpo varia de acordo com as condições de saúde e com a idade do paciente, e muda muito de órgão para órgão. Os transplantes mais comuns são o de rim e o de fígado.

Cada estado possui uma central própria de transplantes. Pela regra nacional, os órgãos são prioritariamente distribuídos dentro do próprio estado. Porém, há casos em que não há ninguém na fila compatível com o doador, e há também estados em que falta estrutura para que o transplante seja feito. Quando isso acontece, entra em ação a central nacional, que organiza as doações de um estado para o outro.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet