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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

Notícias | Economia

Inflação do ano deve superar meta, aponta pesquisa do Banco Central

Pela primeira vez, analistas ouvidos pelo Banco Central apostam que a inflação vai estourar o teto da meta estabelecida para este ano. O governo ainda diz que a inflação vai cair.


Quem será que está com a razão? Quem vai acertar: o governo ou o tal mercado financeiro? Afinal, essa pesquisa que aponta pela primeira vez a inflação estourando a meta é quase que um termômetro fiel do que pensam economistas e analistas.

Já deu para perceber que os preços não são mais os mesmos. “Quando a gente vê, são R$ 2, R$ 5 ou R$ 10 de diferença. Isso pesa, claro”, comenta a funcionária pública Ângela de Castro. “Principalmente na área de alimentação. A gente, que come todo dia fora de casa, sente esse aumento assim bem claro”, diz o funcionário público Antônio Venâncio.

Mais que uma impressão do consumidor, agora o Banco Central reconhece que a inflação deve ficar maior do que o governo esperava. A pesquisa que o banco faz toda semana com mais de cem economistas mostrou pela primeira vez este ano que a inflação pode ficar acima do limite da meta, que é de 6,5%.

A estimativa do mercado subiu de 6,46% na última pesquisa para 6,52%. “Eu acho que agora estão admitindo, pelo menos admitem que isso é uma realidade”, acredita a consultora Rose Delboni.

O que pode pressionar ainda mais a inflação daqui para frente é a alta do dólar, que disparou na semana passada e chegou a R$ 1,89. “Essa taxa de câmbio que subiu neste momento, se continuar um pouco elevada durante algumas semanas, traz um risco inflacionário imediato para as inflações de setembro, outubro e já pega novembro também”, prevê o economista Sérgio Valle, da MB Associados.

O governo está atento aos desdobramentos da crise econômica internacional e avaliou que é preciso esperar mais alguns dias antes de decidir se será preciso adotar novas medidas, mas acredita que a inflação vai cair e deve fechar o ano dentro da meta de 6,5%.

No governo, muitos ainda acreditam que a inflação poderá ficar dentro da meta, já que a economia, crescendo menos, vai levar a uma redução do consumo. Com isso, a pressão sobre os preços também diminui. É por isso que, para muitos analistas, o Banco Central pode até cortar novamente os juros.
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