A menina de 1 ano e 9 meses que se afogou na piscina de um berçário no Setor Serrinha, em Goiânia, na última segunda-feira (2) deixou a UTI do Hospital da Criança, onde estava internada, e foi transferida para um quarto da mesma unidade neste sábado (7). No início da semana, duas crianças se afogaram em um berçário da capital. O outro bebê de 2 anos de idade continua internado no Instituto Goiano de Pediatria (Igope).

Tios e avós levaram presentes para a menina, para comemorar a notícia da transferência. “Eu trouxe uma bonequinha para ela brincar, porque ela gosta muito de bebezinho”, conta a avó materna Eunice de Souza Moraes. A tia Fernanda Martins também quis agradar a sobrinha: “Estamos aqui na expectativa de grandes melhoras para ela e com forte torcida”.

Segundo o pai da criança, Fabrício Martins, a filha teve uma recuperação surpreendente. “De ontem para cá, ela já começou a tomar mamadeira, ontem ela já almoçou comigo, jantou com a mãe dela. Os médicos já fizeram os testes de reflexo com ela e está tudo normal, graças a Deus”, agradeceu o pai.

Por telefone, a repórter conversou com a mãe da criança, e ao fundo da ligação foi possível ouvir a voz da menina, que falou e brincou com o celular.

O outro bebê de 2 anos de idade, que também se afogou na piscina, ainda está internado na UTI do Igope. Segundo a família, aos poucos, os remédios que mantém o menino sedado estão sendo retirados. A mãe já comemorava as primeiras 24 horas sem precisar do medicamento que continha as crises de convulsão.

“Só de eu ter chegado lá e vê-lo sem o soro, já bem desinchado, tomando água e leite pela sonda é maravilhoso”, conta Niviam Teixeira Faleiro. Um exame de tomografia feito na quinta-feira (5) constatou que o menino tem um edema no cérebro. Por isso, pode ficar com sequelas. Mas para a família, são os sinais de vida que mais importam agora.

“Os batimentos cardíacos dele mudam quando eu entro, ele sente minha presença, quando eu canto para ele. Isso é maravilhoso”, relata a mãe.

De acordo com a equipe médica, em breve o menino deverá passar por uma ressonância magnética para avaliar melhor as condições do cérebro.