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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

1.300 alunos de rede municipal de ensino têm aulas suspensas na Grande SP

Cerca de 1.300 alunos da rede municipal de ensino de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, tiveram as aulas suspensas e as férias de julho antecipadas por causa da suspeita de contaminação de uma professora pelo vírus da nova gripe. Os alunos da Creche Paulo Alexandre Mosca Cintra e da Escola Municipal Benedito Vieira da Mota deixaram de frequentar as instituições após uma professora ter voltado da Argentina com alguns sintomas da doença.


De acordo com a Prefeitura de Itaquaquecetuba a medida foi tomada por precaução, embora o resultado dos exames da professora, que dá aulas nas duas unidades, ainda não tenha saído. O semestre nas unidades estava programado para terminar no dia 13 de julho.

Até que o resultado do exame da professora seja divulgado, o que deve ocorrer até a terça-feira (30), a prefeitura aconselha que as pessoas que tiveram contato com ela permaneçam em casa por um período de sete dias. “Caso alguém manifeste sintomas tais como: dores musculares, febre, tosse, cansaço e diarréia; deve procurar o posto de saúde ou hospital mais próximo para uma primeira avaliação clínica”, informa a prefeitura em nota.

A Secretária de Educação de Itaquaquecetuba já determinou que as outras 80 escolas municipais da cidade fiquem atentas aos sinais da nova gripe entre estudantes e funcionários. Trinta mil alunos fazem parte da rede.

8.000 sem aula

Até a quarta-feira (24) tinha deixado mais de 8.000 estudantes de nove escolas e de uma universidade do estado de São Paulo sem aulas. A ocorrência de casos em pessoas ligadas a escolas paulistas levou à suspensão das aulas e a antecipação das férias dos estudantes. Apenas em uma delas, o Colégio Visconde de Porto Seguro, no Panamby, Zona Sul da capital paulista, as aulas foram suspensas somente para a turma do aluno que teve a doença confirmada. Em todos os outros, a medida se estendeu a todos os estudantes das unidades. Duas escolas não informaram o total de estudantes de suas unidades prejudicados com a suspensão das aulas.

Na quarta, pelo menos cinco escolas comunicaram que tiveram casos da doença entre seus alunos. Na Vila Olímpia, Zona Sul, a Escola Viva, que trabalha com turmas do ensino infantil e médio, anunciou a antecipação das férias de seus cerca de 1.300 alunos após a família de um deles ter comunicado, na manhã desta quarta, a confirmação da contaminação do estudante. Como o semestre terminaria na sexta-feira (26), a direção decidiu antecipar o início das férias e, nesta tarde, já não houve aula em todas as unidades. A festa junina da escola, que também foi adiada, deverá ser remarcada em agosto.


Em Guarulhos, na Grande São Paulo, o Colégio Júlio Mesquita também antecipou as férias devido à confirmação da doença em um aluno da 8ª série do ensino fundamental que, recentemente, fez uma viagem de turismo à Disney (EUA). De acordo com a direção da escola, na segunda (22), a doença foi confirmada e, na terça pela manhã, a direção se reuniu com a Vigilância Sanitária. Por precaução, a escola decidiu antecipar as férias de cerca de 700 alunos em duas semanas.



Suspeita

Em Cotia, na Grande São Paulo, a suspeita da doença em uma professora e em três alunos fez com que a direção do Colégio Madre Iva decidisse antecipar as férias em seis dias letivos. “A professora e as duas filhas dela [que são alunas do colégio] comunicaram que fizeram os exames às 9h de hoje [quarta, 24]. A outra criança contaminada, um pediatra encaminhou nesta tarde para o Hospital Emílio Ribas. Mas é preciso esperar 48 horas para sair o resultado dos exames”, disse Sonja Marques Rodrigues Antiqueira, diretora pedagógica do colégio.

Mesmo apenas com a suspeita da doença, a direção antecipou as férias de cerca de 500 alunos do ensino infantil até o médio. Ainda de acordo com a diretora, a professora e as duas filhas passaram o feriado de Corpus Christi na Argentina e desde o início desta semana passaram a apresentar sintomas de gripe.

A unidade Cantareira do Colégio Objetivo, na Água Fria, também decidiu antecipar as férias de toda a unidade após receber a confirmação de que uma aluna do 3º ano do ensino médio contraiu a nova gripe. O colégio não informou, porém, o total de alunos da unidade.

Também nesta quarta-feira (24), o Colégio Visconde de Porto Seguro anunciou o registro de um caso da nova gripe na sua unidade três, no Panamby, Zona Sul de São Paulo. De acordo com a diretora da escola, Maria Eliza de Lamboy, um aluno da 6ª série teve a doença confirmada na terça (23). A escola foi avisada pela mãe dele da confirmação. A contaminação teria ocorrido fora do colégio. A diretora informou que decidiu, por recomendação da Vigilância Sanitária, suspender as aulas somente na turma do aluno a partir dessa quinta-feira (25). No restante da escola, e nas demais unidades do colégio, as aulas seguem normalmente. A direção não informou quantos alunos existem na turma do estudante doente.



Suspensões anteriores

Outras quatro escolas de São Paulo já tinham decidido anteriormente antecipar as férias devido à doença. O Colégio Palmares, localizado em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, antecipou para a terça-feira (23) as férias de 1.200 estudantes, inicialmente marcadas para 30 de junho. A mãe de um dos alunos da 8ª série informou, no sábado (20), que o garoto foi contaminado pela nova gripe.

No domingo (21), o Colégio Magno anunciou que encerraria antecipadamente as aulas deste semestre de cerca de mil alunos de suas unidades por causa da doença. A medida foi tomada por conta da contaminação de dois alunos pela influenza A (H1N1). Além da antecipação das férias, a festa junina da escola foi adiada.

O Colégio Pueri Domus, na Zona Sul de São Paulo, decidiu antecipar as férias escolares de 1.200 alunos após a confirmação da doença em dois deles. Segundo a assessoria, os alunos deveriam ter aulas até o dia 26 de junho, mas o semestre foi encerrado na sexta-feira (19).

O Colégio Anglo Cassiano Ricardo, em Taubaté, a 140 km de São Paulo, teve as aulas de cerca de 500 estudantes suspensas por uma semana por causa de um aluno diagnosticado com a nova gripe. De acordo com Anísio Spani, mantenedor do colégio, a escola foi comunicada nesta segunda-feira (22) que o estudante do ensino médio está com a doença.

Também por causa da doença, o campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis, a 434 km de São Paulo, teve as aulas suspensas até o fim desta semana. A medida foi tomada após a confirmação do segundo caso da nova gripe na cidade. Uma estudante de biologia e outra de psicologia da universidade foram infectadas. Além da suspensão das aulas, o vice-diretor da Unesp, Ivan Esperança Rocha, disse à reportagem do G1 que a universidade está estudando a possibilidade de antecipar as férias de julho de 1.950 alunos.
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