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Sábado, 28 de setembro de 2024

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A repercussão da morte de Eduardo Campos

Candidato à Presidência morreu nesta quarta-feira em acidente aéreo no litoral paulista


Morreu nesta quarta-feira (13/08), o candidato à presidência do PSB, Eduardo Campos, aos 49 anos. Ele estava em uma aeronave que caiu no bairro do Boqueirão, em Santos. Políticos comentaram a morte.

A presidente Dilma Rousseff decidiu suspender atividades de campanha por três dias ao ser informada da morte. A informação foi passada há pouco pelo comitê de campanha da presidente. Segundo a assessoria, na haverá atividades nós próximos três dias em Brasília e nenhum outro Estado. A presidente não deve comparecer nesta noite à entrevista programada para o Jornal Nacional, da TV Globo.

A candidata a vice Marina Silva estava em São Paulo, gravando o programa eleitoral do PSB, mas deve seguir para Santos para acompanhar o resgate, juntamente com o candidato a vice-governador Márcio França e outros membros da campanha. A secretária executiva da Rede Sustentabilidade, Cali Balbino, informou que ela está bastante abalada com o acidente. "Ela está tentando se recuperar do choque e, no decorrer do dia, vamos ver o que fazer. Mais tarde, poderemos dar mais detalhes", disse.

Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência, cancelou nesta tarde toda a agenda do dia no Rio Grande do Norte e também os compromissos que estavam previstos em Patos, na Paraíba. Assim que seu avião aterrissou em Natal, Aécio recebeu as informações sobre o acidente envolvendo a aeronave de Campos e desceu para dar uma declaração à imprensa.

"Estamos todos absolutamente perplexos com as notícias envolvendo o candidato e meu amigo Eduardo Campos. Estamos cancelando toda nossa agenda no Rio Grande do Norte e as outras que teríamos", afirmou Aécio. "Esperamos que as notícias que venham possam ser melhores que as iniciais. Neste momento, não há nada a fazer a não ser rezar e aguardar as informações oficiais, esperando e rezando todos para que as notícias sejam positivas", afirmou Aécio, que ainda não tinha no momento notícias da confirmação da morte de Campos. O candidato do PSDB retornou à aeronave e seguiu para São Paulo.

O candidato do PSC à Presidência, Pastor Everaldo, lamentou a morte do seu adversário na corrida eleitoral dizendo que perdeu um amigo. Em nota, Pastor Everaldo afirmou que Campos era um homem de bem, pai de família e um cidadão que teria muito a contribuir com a democracia brasileira. "Estive com ele na semana passada e pude perceber o comprometimento dele com o país. Meus pêsames à família, aos amigos e que Deus conforte a todos."

Empresários
"Era um cara muito importante", afirmou a Época NEGÓCIOS, Guilherme Leal, da Natura, que foi vice-presidente de Marina Silva na campanha de 2010. "Mas é difícil dizer o que acontece agora, porque a situação é muito bizarra. Estamos todos muito abalados."

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, classificou como "uma perda forte para a política nacional" a morte do candidato. Moan, que participa do 24º Congresso da Fenabrave, em Curitiba (PR), disse que Campos era "um político nato, uma pessoa que negociava e costurava com habilidade". Moan lembrou que conheceu Campos quando ele ainda era secretário da Fazenda em Pernambuco e que teve vários contatos com o político quando ele fora ministro da Ciência e Tecnologia e governador pernambucano.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, também lamentou a morte de Campos. Com lágrimas nos olhos, o empresário afirmou que a perda do pessebista é "praticamente inaceitável". "Era um símbolo de líder jovem com competência. Era a esperança para o futuro, mesmo que não se elegesse hoje", afirmou.

Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, afirmou em nota: “Neste momento de triste surpresa e estupefação na sociedade brasileira, dirigimos nossa solidariedade à família do ex-governador Eduardo Henrique Accioly Campos. Brasileiro admirado em todo o país, deixa uma trajetória política vitoriosa e marcada pela competência administrativa. Sua perda, aos 49 anos de idade, é uma perda para todo o Brasil, que sabia poder contar com ele com representante legítimo de uma nova geração de dirigentes nacionais.”

Políticos
"Nós estamos chocados", disse o deputado federal Beto Albuquerque (PSB). "Não esperávamos nunca um acontecimento desta natureza. Nem sabemos ainda das reais causas, mas temos a triste informação de que perdemos nosso grande timoneiro nesse processo eleitoral." Ele estava acompanhando o candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, em coletiva de imprensa na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), quando ficou sabendo do acidente. Assim que recebeu uma ligação com a notícia, o deputado começou a chorar e ficou cerca de 30 minutos reunido com os demais políticos presentes antes de falar com a imprensa.

O senador Eduardo Suplicy (PT/SP) disse a Época NEGÓCIOS que "é de se esperar que o PSB e Rede considerem a hipótese de Marina sair comon candidata à presidência".

O candidato ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), lamentou a notícia sobre o falecimento. "Infelizmente acabei de ser avisado. É uma tragédia" disse, ao fazer uma visita de campanha em um hospital na Penha, zona leste de São Paulo.

"O ex-governador Eduardo Campos foi meu colega durante o governo do presidente Lula, conheço a esposa, os filhos, vou suspender qualquer outra agenda", disse. "Temos que dar conforto à família." Padilha destacou a passagem de Campos pelo governo do ex-presidente Lula. "Quando eu fui ministro da coordenação política acompanhei [Campos] desde o início", diz. "É uma tragédia e grande perda para nós. É um político de uma nova geração, da minha geração."
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