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Quinta-feira, 26 de setembro de 2024

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Pai de siamês separado diz que filho voltou a se alimentar sem sonda

Foto: (Foto: Reprodução/Facebook)

Heitor brincou com o tablet na terça-feira

Heitor brincou com o tablet na terça-feira

Pai dos gêmeos siameses separados emGoiânia, o professor Delson Brandão publicou nas redes sociais que o filho que sobreviveu à cirurgia, Heitor Rocha Brandão, de 5 anos, voltou a se alimentar “sem sonda gástrica, bebeu suco e leite” na noite de terça-feira (10), após três dias de dieta zero. Apesar de continuar em estado grave, o quadro de saúde do garoto se estabilizou depois de problemas no funcionamento do intestino e do pulmão.


Heitor está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, desde que se separou do irmão gêmeo, Arthur, no dia 24 de fevereiro. Arthur não resistiu a duas paradas cardíacas e morreu três dias após o procedimento.

Segundo boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira (11), o paciente também voltou a respirar sem a ajuda de aparelhos, contando apenas com o auxílio de oxigênio inalatório. O posicionamento informa ainda que o intestino, aos poucos, volta a funcionar. A criança está consciente.

Separação
Os gêmeos eram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhando o fígado e genitália. Desde que nasceram, eles eram preparados para a cirurgia de separação. Os siameses passaram por 15 procedimentos cirúrgicos, entre eles alguns para implantação de expansores no corpo para que tivessem pele suficiente para a separação. Os meninos só alcançaram as condições necessárias para a cirurgia neste ano.

Segundo o pai dos gêmeos afirmou no último dia 2 de março, o filho sobrevivente não perguntou mais do irmão após sua morte. Em um texto postado em uma rede social, ele diz acreditar que o filho "sabe ou sente" que o irmão não está mais ali e que só vai contar o que ocorreu quando Heitor questionar onde está o irmão.

Caso
Natural de Riacho de Santana, cidade do interior da Bahia, a mãe dos siameses, Eliana Ledo Rocha Brandão, veio a Goiânia um mês antes do nascimento dos filhos para que eles tivessem acompanhamento desde o parto, em maio de 2009. Após o nascimento, ela voltou para a terra natal por um período e, desde 2010, mora em Goiânia com os siameses. O marido e a filha mais velha, de 7 anos, continuaram no Nordeste.

Antes da cirurgia, Eliana afirmou que, apesar das restrições físicas, os filhos não possuíam nenhum problema cognitivo. Com personalidades “totalmente diferentes”, os gêmeos sonhavam com a cirurgia, segundo a mãe. "Eles querem se separar, não querem desistir porque sabem que vão ter liberdade, uma independência maior, poder ir sem precisar da permissão do outro", disse a mãe antes do procedimento.
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