O governo federal inicia em 2010 o processo seletivo para escolha do quadro funcional da Superintendência para o Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Na sua primeira etapa de funcionamento serão requisitados servidores públicos de outros órgãos da administração federal. A data para a realização de concurso público ainda não foi informada.
Sancionada em janeiro de 2009, a nova Sudeco substituirá a atual Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste, que até então está ligada ao Ministério da Integração Nacional. A Sudeco contará inicialmente com R$ 600 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste. O novo fundo substituirá o atual Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Extinta na gestão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, a Sudeco terá sede em Brasília e escritórios de representação em Cuiabá, Campo Grande e Goiânia.
O secretário de Desenvolovimento do Centro-Oeste, Totó Parente, acredita que toda a região vai ganhar com a recriação da Sudeco. Entre as vantagens do novo órgão frente ao papel desempenhado pela secretaria, ele destaca o fato de que a Sudeco terá orçamento próprio, um quadro de funcionários maior e uma grande capacidade de articulação com os estados e municípios. "Toda a região Centro-Oeste terá um ganho muito grande. Principalmente no caso de Mato Grosso, que ainda é uma terra de oportunidades e cresce a uma taxa equivalente à chinesa, entre 8% e 10% ao ano", afirma.
Além da Sudeco, o secretário destaca também a criação do Banco para o Desenvolvimento do Centro-Oeste. O projeto de lei que cria o novo banco será enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. A nova instituição não será um banco de varejo, mas vai apoiar projetos para o desenvolovimento regional nos moldes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo Parente, Mato Grosso cumpre um papel muito importante no desenvolvimento do Centro-Oeste. principalmente por causa do agronegócio. No entanto, segundo ele, o estado ainda precisa receber mais investimentos em infraestrutura e na melhoria da rede de serviços disponíveis. "Nos últimos 15 anos houve melhoria significativa nos sistemas de transporte, como construção de pontes e estradas, mas ainda não temos sequer um hospital de referência no estado, nem público nem privado", adverte.
