Órgãos de defesa da privacidade na Inglaterra rejeitaram pedidos de desligamento do serviço de mapas Google Street View, apontando que as queixas são "desproporcionais para o pequeno risco da perda de privacidade". O anúncio da rejeição foi feito na quinta-feira (23) pelo Gabinete do Comissário de Informações (ICO, na sigla em inglês).
O Google Street View é um serviço que permite ver as ruas de cidades em 360º na internet. As imagens são feitas por intermédio da captação de câmeras instaladas em carros do Google.
Segundo o site da revista Wired, "o senso comum prevalece em um país cravado por câmeras, e no qual todos os cidadãos possuem câmeras para produzir vídeos instantâneos em seus telefones."
Os carros do Google capturaram imagens de de pessoas vomitando na porta de pubs, saindo de sex-shops e de apartamentos de amantes. Os residentes de um vilarejo britânico chegaram a bloquear um veículo, alegando que o serviço é um "trampolim" para o sucesso de possíveis assaltos.
View a pedido
No o mês passado, segundo o jornal inglês "The Guardian", um grupo denominado Privacidade Internacional protocolou um pedido formal, a fim de derrubar o Google Street View.
No entanto, o ICO disse ontem que os insultos reclamados pelos britânicos não violam quaisquer leis, tampouco a privacidade dos cidadãos.
"O Google Street View não transgride o Ato de Proteção de Dados [legislação que protege os dados pessoais e a privacidade dos cidadãos britânicos]", informou o administrador da ICO em comunicado.
"Em um mundo no qual as pessoas usam Twitter, Facebook e blogs, é importante observar um senso comum direcionado ao Google Street View e da relativamente limitada invasão de privacidade causada por ele."