Com a proposta de ir além do filme, complementando a trama vista na telona, "X-Men Origins: Wolverine", no final das contas, é mais um videogame de pancadaria.

As lutas, ao menos, estão inseridas em uma produção caprichada de Raven Software e Activision, especialmente em PC, PlayStation 3 e Xbox 360. Os portáteis, além de Wii e PS2, também ganharam versões. 

Se é óbvio que os combates precisam ser a principal referência quando Wolverine está em ação, o game leva tal premissa bastante a sério: ao longo das cerca de 15 horas de jogo, há poucos momentos para descansar, lembrando o ritmo da série God of War, símbolo de brutalidade.

As comparações com a franquia de Kratos, no entanto, param por aí. "X-Men Origins: Wolverine" nem de longe tem o mesmo fôlego, muito embora os poderes especiais e as sequências de golpes de Logan sustentem a diversão.

Não menos importante, a tecnologia gráfica Unreal Engine 3 cria lutas cinematográficas, o que para um jogo baseado em filme não poderia ser mais apropriado.

Indo à luta

Basicamente há dois botões de ataque, um para investidas convencionais e o outro para golpes fortes.

Combinados, eles resultam em movimentos brutais, que ganham variedade e mais violência quando ações de pular e de agarrar são acionadas. Wolverine consegue até atirar os inimigos contra objetos do cenário.

Conforme avança, o personagem Wolverine coleta itens. Quando a barra do ataque de fúria é preenchida, torna-se possível executar uma sequência capaz de limpar a tela.

Os combates também rendem experiência ao protagonista, que a utiliza para melhorar características como saúde, golpes e ataques de fúria. E, dessa forma, o game se desenrola, entre cenários e personagens do filme, costurando fatos paralelos ao enredo ou que se passam após a linha de tempo coberta pelo longa.

Tanto sangue e desmembramentos renderam a "X-Men Origins: Wolverine" classificação para maiores de 17 anos nos Estados Unidos.