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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Destroço perto de estação espacial foi maior do que se pensava

O pedaço de lixo espacial que obrigou três astronautas a fugirem momentaneamente da Estação Espacial Internacional na quinta-feira era maior do que foi originalmente informado, disseram funcionários da Nasa na sexta-feira.


O objeto, identificado como o pedaço do motor de um foguete que voou em 1993, tinha 12,7 centímetros de diâmetro, e não 9 milímetros. Se tivesse atingido um dos módulos pressurizados da estação, a tripulação teria apenas dez minutos de ar, segundo Kelly Humphries, porta-voz da Nasa.

O comandante da estação, Michael Fincke, e os engenheiros de voo Yury Lonchakov e Sandra Magnus se esgueiraram para o veículo de fuga russo Soyuz, onde passaram cerca de dez minutos.

Mesmo objetos pequenos representam um risco para satélites e naves em órbita da Terra. Como eles se deslocam em rotas diferentes, com diferentes inclinações e a velocidades que superam os 28 mil quilômetros por hora, algo do tamanho de um grão de areia já tem um impacto semelhante ao de uma bola de boliche a 160 quilômetros por hora, segundo Humphries.

A Nasa esperava que os destroços passassem a 4,5 quilômetros da estação. Até sexta-feira, ainda não se sabia exatamente a distância à qual passara.

Radares usados para monitorar objetos em órbita terão antes de avaliar bem a sua localização, disse Gene Stansbery, gerente do programa de detritos orbitais do Centro Espacial Johnson, em Houston.

Stansbery disse que a informação sobre o tamanho de 9 milímetros era uma referência à sua largura, e não ao seu tamanho total. "Quem lançou esse anúncio interpretou mal o número", disse.

Os tripulantes da estação já tiveram de se refugiar nas naves de fuga em cinco ocasiões anteriores por causa de detritos orbitais, segundo outro porta-voz da Nasa, Kyle Herring.

Se houver tempo, a Nasa irá manobrar a estação para evitar ficar a menos de 25 metros de um pedaço de lixo espacial. A rota do pedaço que passou perto da estação na quinta-feira era incerta demais para fazer a manobra a tempo, disse Stansbery.

Com mais de 500 peças adicionais de detritos agora em órbita, por causa do choque no mês passado entre um satélite de comunicações da empresa Iridium e uma nave russa desativada, a agência espacial dos EUA está analisando novos mapas de radares que sejam capazes de localizar objetos a partir de 2 centímetros, segundo Stansbery.
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