As crianças no Brasil passam, em média, mais de duas horas e meia diárias navegando na internet, tempo que, por sua vez, coloca os internautas mirins como os que mais usam a rede no mundo. Os pais, no entanto, imaginam que essa média de navegação seja menor do que duas horas por dia.

As informações estão em uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (17). Conduzido pela empresa de segurança Symantec, o estudo avaliou mais de 9 mil pessoas, entre adultos e crianças, em 12 países.

Mesmo com um índice de 74% confiança nos filhos, os pais brasileiros são os que mais admitem monitorar seus filhos na internet: cerca de 65% afirmam que leem e-mails ou rastreiam os web sites que eles visitaram, utilizando os cookies armazenados.

As crianças no Brasil socializam mais on-line do que as de outros países, com 13 horas semanais dedicadas a relacionamentos virtuais.

Adultos: flertes, fotos e segurança

A pesquisa também revelou que, para o internauta brasileiro adulto, o flerte por intermédio da internet é alto: três em cada dez internautas do país afirma já ter paquerado pela web. Entre os países, o número é o mais alto da pesquisa, e é igual à proporção de internautas indianos que relataram a mesma atividade.

De todas as nacionalidades pesquisadas, o brasileiro é passa mais tempo trocando fotos on-line, o que toma quatro horas semanais.

Outro dado apontado pelo estudo é o de que 40% dos internautas pesquisados já notaram tentativas de invasão aos seus respectivos computadores.

"Este é um período em que a maior parte dos contribuintes utiliza seus PCs conectados à web para montar a declaração de imposto de renda e transmiti-las ao governo", alerta o gerente da Symantec, Fabiano Tricárico. "Assegurar-se de que a máquina está 'blindada' é essencial para evitar que dados sigilosos vazem na rede."