Olhar Direto

Terça-feira, 01 de outubro de 2024

Notícias | Cidades

inquérito

Polícia conclui investigações da operação ‘Boi Gordo’

A Polícia Judiciária Civil concluiu as investigações que deram origem a operação “Boi Gordo”, deflagrada no dia 19 de maio, que culminou na prisão de seis pessoas envolvidas em roubo de gado, na região Médio-Norte. O inquérito policial foi encaminhado ao Fórum da comarca de Nobres (146 km a Médio-Norte), na sexta-feira (28.05) passada. Os seis suspeitos foram indiciados por crimes de roubo e formação de quadrilha. Quatro tiveram prisões preventivas decretadas.


O chefe da quadrilha, Edson José de Almeida Meira, o “Edinho Meira”, José Hermínio Alves Pedroso, o “Zé”, Paulo Vilela Siqueira Meira, o “Nho”, Joelson Bomdespacho Santana Alves, o “Pantaneiro”, tiveram prisões preventivas cumpridas no dia 24 de maio. Apenas Valdinei Nascimento Pinho, ex-funcionário da fazenda, e Josenil Rodrigues da Silva, o “Zeca”, foram liberados após vencimento da temporária. Ambos não tiveram pedido de prisão preventiva.

“Edinho Meira” e Joelson Bomdespacho vão também responder por posse irregular de arma de fogo e munições. Na casa do líder do bando, “Edinho Meira”, a Polícia Civil encontrou várias munições, o que comprova a alta periculosidade do acusado, e ainda munições de calibre diferente das armas de fogo apreendidas, que indica a existência de armas não localizadas nas buscas.

As investigações iniciaram pela Delegacia Municipal de Nobres (146 km a Médio-Norte) após o furto de 72 cabeças de gado da fazenda Barra do Arinos, situada na estrada do “Boteco Azul”, acesso para Trivelato, em Nobres, no dia 02 de setembro de 2009. Os assaltantes permaneceram no local por quase todo o dia e deixaram o caseiro e sua família trancados dentro da casa.

Com a prisão da quadrilha, o delegado responsável pelas investigações, Wagner Bassi Junior, esclareceu que o gado foi transportado por caminhões contratado pelo “Edinho Meira” e que um dos caminhões era conduzido pelo irmão de “Edinho” Paulo Vilela, o “Nho”. Os “capangas” que invadiram a fazenda e rederam a família do caseiro foram contratados por José Hemínio, o “Zé”.

Também ficou confirmado que o gado roubado ficou na fazenda de “Edinho Meira” por 15 dias, período que o acusado abateu todos os animais. O líder da quadrilha usava um açougue de sua propriedade em Jangada, para “limpar” parte da carne obtida com gado de origem ilícita. Esse açougue foi identificado como tendo nome fantasia de “Açougue do Rodrigo”.

“Tais informações corroboraram com os fatos apurados anteriormente, ou seja, que a quadrilha vinha cometendo crimes de forma reiterada, inclusive planejando novos delitos”, destaca Wagner Bassi.

Além do roubo apurado em Nobres, as investigações descobriram que quadrilha foi responsável pelos roubos de gado cometidos nas regiões de Tangará da Serra, Jangada, Rosário Oeste e Cuiabá. As investigações vão correr pelas delegacias das localidades. A Polícia Civil levantou ainda que envolvimento da quadrilha, em roubos de veículos e tráfico de drogas.

Para o delegado “trata-se de uma quadrilha poderosa altamente organizada, criada para obter grandes receitas através de seus crimes”, que além da influência, possuía estrutura “eficiente com o fim de dificultar as investigações”, a exemplo, de açougues, matadouros próprios e a facilidade de obtenção de Guias de Transporte Animal (GTA).

Conforme Wagner Bassi, a Polícia Civil está efetuando levantamentos referentes ao patrimônio dos suspeitos com o fim diminuir os prejuízos causados às vítimas.

Descaminho

Durante buscas na casa de “Edinho Meira”, em Jangada, a Polícia Civil apreendeu na operação, equipamentos de informática novos, fechados em caixas, todos sem notas fiscais. A mercadoria foi trazida do Paraguai, sem pagamento de impostos, o que caracteriza crime de descaminho. Cópias dos procedimentos foram encaminhadas para o Ministério Público Federal para oferecimento de denúncia ou outras providências.

Estelionato

O delegado disse que após as prisões, uma vítima compareceu a Delegacia e comunicou ter sido vítima de estelionato praticado em Cuiabá, por terceiros, os quais teriam deixado o gado subtraído na fazenda administrada pelo irmão de “Edinho Meira”. O caso é apurado pelo Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC) do Coxipó. As informações são da assessoria.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet