Os arquitetos e engenheiros da Prefeitura de Cuiabá estão em estado de greve. Os servidores pleiteiam aumento de salário e um plano de carreira com o Executivo municipal desde abril. Após uma reunião na delegacia do trabalho, os servidores decidirão se cruzam os braços por tempo indeterminado. A paralisação prejudicará o andamento de obras por toda capital, a expedição de alvarás e liberação de projetos de infraestrutura urbana.

Amay Souza, servidora que faz parte do movimento, conta que as diretrizes do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) apontam, desde a década de 1960, que a remuneração para esses profissionais deve ser de seis salários mínimos em uma carga horária de 30 horas semanais. Já para os que trabalham 40 horas semanais, o salário previsto é de nove salários mínimos.

No entanto, o piso salarial dos arquitetos e engenheiros da Prefeitura de Cuiabá é de R$ 1105 para quem trabalha 30 horas semanais e de R$ 1500 para quem cumpre carga horária de 40 horas semanais. Os servidores querem o aumento de salário imediato e a criação de um plano de carreira.

A proposta deles é de um aumento salarial de 6% a cada biênio, já partindo das bases salariais propostas pelo Confea. Os reclames também são referentes ao quadro de funcionários. De acordo com os manifestantes, o número de profissionais contratados pela Prefeitura é insuficiente. “Deveria ter no mínimo o dobro”, reclama Amay.

“Os salários são tão baixos que não adianta nem fazer concurso, porque ninguém vai querer”, reclama. Ela conta que a paralisação está sendo a última arma dos servidores para serem atendidos. “Nós tentamos de tudo, falamos com o Wilson Santos (PSDB) quando ele ainda era prefeito, depois com o Chico Galindo (PTB), quando ele assumiu, mas nada. Agora, tomara que a gente resolva essa situação”, diz a servidora.