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Quinta-feira, 03 de outubro de 2024

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CONTRABANDO

Vigilância apreende 1,5 tonelada de medicamento

A Vigilância Sanitária de Cuiabá apreendeu em Cuiabá uma tonelada e meia de medicamentos falsificados e contrabandeados, importados ilegalmente da Bolívia, que eram comercializados irregularmente. Entre os medicamentos, estão alguns para o tratamento de disfunção erétil.


Pelo menos três bancas do Shopping Popular, na região do Porto, conforme reportagem do jornal A Gazeta, divulgada nesta quinta-feira (8), vendem o medicamento irregularmente, ao custo médio de R$ 50. Sob discrição, os atendentes das bancas afirmam ter o produto, mas alertam para as câmeras que fazem a segurança do local. Uma mulher informou que a cartela com 4 comprimidos de Viagra custa R$ 50 e a caixa do Pramil ("genérico" do Viagra) com 20 comprimidos sai por R$ 40. Em outra banca, o vendedor diz que o produto sairia por um valor mais alto, R$ 60.

No momento da negociação, a vendedora garantiu que o medicamento contrabandeado não causa nenhum mal. "Meu marido toma há 10 anos e fica uma beleza". O cartão com o endereço da loja foi cedido, mas com o recado que a negociação só seria feita no local e não por telefone.

Outro vendedor recomendou que os remédios, voltados para a disfunção erétil, sejam tomados 30 minutos antes da relação sexual e só há restrições às pessoas que tenham problemas do coração. Da mesma forma, farmácias da avenida do CPA vendem o medicamento Pramil na clandestinidade como uma das opções para quem sofre de disfunção erétil. Este produto, produzido no Paraguai, tem venda proibida no Brasil.

O coordenador da Vigilância Sanitária de Mato Grosso, Fábio José da Silva, diz que entre 2008 e 2009, 50 toneladas de medicamentos foram apreendidos e que as operações são constantes. A estimativa de 1,5 tonelada será consolidada no final do ano, quando todas as Vigilâncias Sanitárias enviam os relatórios. "As regiões fronteiriças são mais preocupantes, porque os medicamentos vêm junto com as drogas. No Sul do Estado principalmente", analisa Fábio.

Os falsos fitoterápicos - medicamentos que têm como princípio ativo ervas medicinais - têm entrada fácil no país e são bem aceitos pelos consumidores. Considerados inofensivos por terem origem vegetal, boa parte da população não vê com maus olhos este tipo de produto. "A ingestão de medicamento é um problema cultural muito grande, tão antigo quanto perdura o tráfico de drogas".

Para combater a fabricação e comercialização dos falsos medicamentos, o coordenador da Vigilância Sanitária de Mato Grosso diz que é realizado um trabalho de "formiguinha".

Em todo o país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apreendeu, entre janeiro e agosto deste ano, 53.575 medicamentos falsificados e contrabandeados, além de 62,9 toneladas de remédios sem registro.

O assessor de segurança institucional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Adilson Bezerra, considera que o fato de um estado fazer fronteira com território internacional não influencia na comercialização ilegal em larga escala. "O fenômeno é mundial e aqui no Brasil encontra-se em todo o território".
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