A cidade de Foz do Iguaçu (PR), lidera o ranking brasileiro de homicídios entre adolescentes com idade entre 12 e 19 anos, segundo dados divulgados pelo Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens divulgados nesta quarta-feira (8). Pelo índice, com dados coletados em 2007, cerca de 12 crianças incluídas nesta faixa etária, que moram em Foz do Iguaçu, morreriam antes de completar 19 anos. No relatório publicado em 2009, com dados de 2006, a cidade também aparecia em primeiro lugar no ranking.
Uma parte do levantamento foi realizado em municípios com mais de 200 mil habitantes e levaram em consideração as declarações de óbito reunidas pelo Ministério da Saúde. A maioria dos homicídios, 6 em cada 7, é cometida com arma de fogo. A expectativa de ser vítima de homicídio é 12 vezes maior para adolescentes do sexo masculino e quase 4 vezes mais alta para os negros, segundo a pesquisa.
Nos municípios com mais de 200 mil habitantes, 20 se destacaram entre os que apresentam maior mortalidade de jovens, além de Foz do Iguaçu: 4 de Minas Gerais (Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, Betim e Contagem); 4 do Espírito Santo (Cariacica, Vila Velha, Serra e Vitória); 4 de Pernambuco (Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes); 3 do Rio de Janeiro (Duque de Caxias, São Gonçalo, Itaboari); 2 de Alagoas (Maceió e Arapiraca); 1 do Maranhão (Imperatriz); 1 da Bahia (Itabuna).
Entre as capitais, Recife (PE) lidera as estimativas com um índice de 7,3 mortes para cada grupo de mil adolescentes nesta idade (12 e 19 anos). Segundo a coordenadora do programa, Raquel Willadino, é preciso mais programas de prevenção. "Nossas estimativas valem para sete anos. Se estes números se manterem, nos próximos anos cerca de 33 mil vidas de adolescentes serão perdidas. Por isso precisamos de mais programas de prevenção.
A pesquisa é resultado de uma parceria entre Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Fundo das Nacões Unidas para a Infância (Unicef), Observatório de Favelas, junto com o laboratório de análise da violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
