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Segunda-feira, 30 de setembro de 2024

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Creci questiona MPE e considera denúncia infundada

O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado (Creci-MT) questionou a investigação que vem sendo feita pelo Ministério Público Estadual referente às denúncias sobre a concessão irregular de diplomas do curso de corretor imobiliário oferecido por um centro de formação de Mato Grosso.


Conforme o Olhar Direto apurou, um dos sócios-proprietários da unidade de ensino faz parte do Creci-MT e seria responsável pela emissão dos diplomas. No entanto a informação é questionada pelo Creci, que em nota considerou o fato infundado e garantiu que o processo de certificação de escolas, nos níveis médio e superior, é criterioso.

A entidade alega ainda que nada tem a ver com a diplomação ou não de alunos, pois são as universidades e os centros técnicos que formam e que avaliam o aluno. O Creci apenas faz acompanhamento e credencia o profissional ao final do curso.

Confira a íntegra da nota

Creci-MT questiona denúncia sobre diplomas para corretor de imóveis

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 19ª Região, em Mato Grosso, Ruy Pinheiro de Araújo, recebeu com surpresa o envolvimento do nome da autarquia federal na denúncia de que uma escola de formação de profissionais do setor estaria “facilitando” a emissão de diplomas a corretores de imóveis. A denúncia foi publicada no site “Olhar direto” e está em curso no Ministério Público Estadual (MPE).

“O MP pode investigar, pois essa é a sua atribuição, mas essa história não tem nenhum fundamento. O processo de certificação de escolas, nos níveis médio e superior, é criterioso, demorado, ritualista e segue rigorosas avaliações das autoridades educativas deste país”, disse Ruy.

De outro lado, ele pontuou e esclareceu pelo menos dois pontos divergentes e duvidosos: o Creci não emite certificados de conclusão de quaisquer cursos e nenhum de seus diretores ou conselheiros são sócios de escolas técnicas ou universidades do segmento imobiliário, ao contrário do que foi veiculado.

Conforme o site publicou, acrescenta Ruy Pinheiro, há sim uma denúncia nesse sentido, mas esse “denuncismo” é uma prática contumaz de alguns profissionais “cassados” (que tiveram o registro suspenso) que estão a serviço de escolas sem estrutura técnica e sem nenhum plano de produção de ensino consistente que vêm tentando de todos os modos, há muitos anos e em vão, se estabelecer no mercado. “Não é o Creci que permite ou não, mas o MEC, o Conselho Estadual de Educação. O Creci fiscaliza o mercado e o profissional já formado, nunca o aluno”, explica Ruy Pinheiro.

Para se ter uma idéia da seriedade no processo de certificação e permissão de instituições de ensino para graduação de corretores de imóveis em Mato Grosso, os cursos que há hoje são aplicados por instituições tradicionais como a Centro de Ensino Superior Cândido Rondon (Unirondon), Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Instituto Técnico Colibri (formação técnica) e Centro de Graduação e Pós-graduação (Cetep), que tem oito de atividades, com certificação renovada por três vezes e acaba de receber permissão também para o módulo de ensino a distância pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) e Ministério da Educação.

O presidente do Creci-MT, mostrou preocupação pelo fato de que, diante da forte influência do portal Olhar Direto, uma denúncia nesse sentido pode comprometer a credibilidade da instituição e das universidades certificadas pelo sistema federal Cofeci-Creci. “É um trabalho de qualificação do corretor iniciado há três décadas que não será comprometido por pessoas que tiveram licença suspensa, por donos de escolas sem mínimas condições de atuar ou de descontentes que denunciam, esperam a publicação e correm para fazer comentários jocosos, no anonimato”, firmou Ruy.

Por outro lado, o Creci nada tem a ver com a diplomação ou não de alunos, pois são as universidades e os centros técnicos que formam e que avaliam o aluno. O Creci apenas faz acompanhamento e credencia o profissional ao final do curso. Denúncias sem fundamento pode ser perigosas pois abre precedentes para se questionar a formação técnica e graduação de milhares de milhares de profissionais nos últimos 30 anos.

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