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Segunda-feira, 17 de junho de 2024

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Casas populares desmoronam e moradores estão na rua há meses

Foto: Dayane Pozzer/OD

As casas foram entregues há cerca de um ano e logo as rachaduras apareceram

As casas foram entregues há cerca de um ano e logo as rachaduras apareceram

Cinco casas populares de um residencial na periferia de Rondonópolis tiveram que ser demolidas após a Defesa Civil do município constatar que as rachaduras encontradas nas construções ofereciam perigos às famílias. O problema é que os moradores de baixa renda e alguns desempregados saíram do local há cerca de cinco meses e estão sem moradia, tendo que pedir abrigo na casa de parentes ou pagando aluguel.


O residencial fica no Jardim Liberdade e as casas foram construídas pelo Governo Federal e entregues pelo prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) há cerca de um ano. As 111 casas ao custo de R$ 2,1 milhões foram feitas pela prefeitura, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo.

Segundo uma moradora que prefere não ser identificada, as cinco residências, do número nove ao 13, foram construídas sob um terreno arenoso. Menos de seis meses depois não havia mais condições das pessoas permanecerem no local.

A mulher morava com o marido e três filhos em uma das casas e contou ao Olhar Direto nesta manhã que deixou a moradia por conta própria após o local apresentar várias rachaduras. “Meu marido não quis ficar mais depois que a parede do banheiro cedeu e quase caiu”, relatou. As crianças tiveram que ficar na casa da avó e o casal está pagando aluguel na casa de outro parente.

O gerente do setor de Habitação do município, Paulo José Corrêa, foi procurado pelos moradores assim que as rachaduras começaram a aparecer. Segundo a moradora, o responsável garantiu que não havia perigo e que as famílias poderiam continuar morando no local, já que a prefeitura providenciaria o conserto. “Eu não quis esperar a casa cair na cabeça dos meus filhos, as rachaduras aumentavam a cada dia e não adiantava fazer um conserto”, disse a dona de casa.

Há pouco mais de um mês, após uma reportagem de uma emissora de televisão local que mostrou o problema, a Defesa Civil interditou as casas e pediu a saída imediata das famílias. Em seguida, as construções foram demolidas e apenas uma foi reconstruída. “Quando tirou o amadeiramento do telhado a minha casa caiu sozinha”, contou a moradora, que explicou que o responsável disse que os entulhos seriam retirados nesta semana para as novas casas serem construídas.

Resposta

O gerente de Políticas Habitacionais, Odair José Mendes de Araújo, recebeu a reportagem nesta tarde na prefeitura, mas quem responde pelo caso é o gerente de Habitação que, no entanto, está em Brasília para reuniões com a Caixa Econômica Federal (CEF). De acordo com Odair José, a prefeitura vai escolher outro terreno próximo para a reconstrução das casas.

O secretário municipal de Infraestrutura e Urbanismo, Ronaldo Uramoto, chegou em seguida e ressaltou que o município é que vai arcar com a reconstrução, mas não falou em prazo. “Teremos que encontrar uma solução, ou pela Caixa Econômica ou com recurso próprio”, disse.

Mais informações ainda hoje. Atualizada às 15h41.
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