O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Diógenes Curado, atribui a ‘onda’ de violência que invadiu a Grande Cuiabá nas últimas semanas ao alto índice de tráfico e uso de entorpecentes no Estado. Segundo o chefe da segurança pública estadual, se as ações de combate as drogas não forem suficiente a força policial vai ‘corrigir’ as formas de enfrentamento a violência.

Curado explica que houve uma redução principalmente no número de homicídios em Cuiabá e Várzea Grande nos primeiros meses deste ano e, por isso, o Estado estava em uma situação ‘confortável’.

“Os homicídios, no caso, ocorrem principalmente devido ao envolvimento com drogas. Atualmente temos o Plano Estadual de Enfrentamento as Drogas e para reduzir isso estamos organizando o Plano Operacional Padrão, mas caso não melhores vamos corrigir”, explicou o secretário.

Durante o último final de semana foram registrados sete assassinatos nas duas maiores cidades do Estado. Um sargento do Bombeiro foi morto por uma suposta rixa e na noite do sábado (18) três pessoas morreram na Cidade Industrial em menos de duas horas.

Na semana passada a família do gerente de uma agência do HSBC passou a noite ‘nas mãos’ de uma quadrilha, que tentava assaltar o banco. Nessa terça-feira (21), o empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, 73 anos, foi morto por um segurança quando saía de uma agência do Itaú.

Em Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (22) cinco homens armados renderam seguranças da empresa Protege, enquanto eles reabasteciam caixas eletrônicos localizados na rodoviária. O bando trocou tiros com um capitão da reserva da Polícia Militar, que estava no local.

Presídios

Outro fator apontado por Curado que contribui para o aumento da violência em Mato Grosso é quanto a recuperação dos reeducandos. Segundo ele, é preciso maior investimento nos presídios do Estado, pois os índices de reincidência são consideráveis.