Os policiais do setor administrativo de Rondonópolis devem assumir, se necessário, a função de escrivão “adoc” nomeado pelo delegado da Polícia Civil para ajudar nos casos de prisões em flagrante. A medida deve ser tomada em todo o Estado, com a paralisação de 100% dos trabalhos de investigadores e escrivães, conforme reunião realizada entre o governador e os chefes das polícias civil e militar.

O comandante do 5º Batalhão da PM, major Odair Moura, convocou a imprensa para avisar à população que os boletins de ocorrência de casos de menor potencial ofensivo pode ser feito nas bases comunitárias da Vila Operária, Vila Aurora e na Base Salmen, das 8 horas às 18 horas.

Será reforçado ainda o efetivo no núcleo da PM dentro do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis para atender a população que precisa registrar a ocorrência. “O policiamento ostensivo não será prejudicado. Estamos esvaziando os policiais dos setores administrativos para o atendimento das ocorrências no Cisc e nas bases comunitárias”.

Porém a medida é apenas paliativa. Mesmo com os registros das ocorrências o grande problema da greve é a paralisação das investigações para desarticular quadrilhas de assaltantes de banco, casos de assassinato, latrocínio, estupros e toda sorte de crimes contra a sociedade. “A PM não assume e nem pode assumir essa função e acho que não terá grande efeitos a ida deles ao Cisc”, comentou um policial civil grevista.

O major Odair Moura não quis comentar sobre as conseqüências da sobrecarga de trabalho para a PM e o possível aumento da criminalidade com a greve da Polícia Civil.