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Sábado, 29 de junho de 2024

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Homossexuais sofrem preconceito na saúde pública

Foto: Assessoria

Claudia diz que ainda existe muita exclusão e preconceito em relação ao atendimento aos homossexuais no SUS

Claudia diz que ainda existe muita exclusão e preconceito em relação ao atendimento aos homossexuais no SUS

A falta de programas na saúde pública ao público de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (LGBT) é um dos temas que serão abordados na 2ª Conferência Estadual de Políticas Publicas de Promoção a Cidadania e aos Direitos Humanos de LGBT: Por um país livre da pobreza e da discriminação, nos dias 20 a 22 de outubro, no Centro de Eventos do Pantanal.


Conforme a coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos LGBT, Claudia Cristina Carvalho, ainda existe muita exclusão e preconceito em relação ao atendimento aos homossexuais no Sistema Único de Saúde (SUS). “A gente percebe nos atendimentos do centro de referência a demanda pela questão da saúde. Há necessidade de política pública para esta população, questão do envelhecimento, do atendimento psicossocial ao homossexual. Até ele conseguir se colocar na sociedade passa por muito sofrimento psicológico. Os homossexuais ainda são muitos discriminados na rede de saúde pública”

Um dos exemplos do preconceito institucionalizado é com relação aos transexuais. Apesar da portaria 1707/2008 do Ministério da Saúde incluindo a mudança de sexo no rol dos procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) são poucos os locais no país onde a cirurgia é realizada. “O Estado não faz e nem oferece acompanhamento ambulatorial, há muita dificuldade em relação ao acompanhamento. A cirurgia pode ser feita em Goiás, mas lá é ultimo estágio do acompanhamento. A pessoa precisa passar por dois anos por uma equipe de referência multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas e um médico cirurgião para o pós-operatório”, comentou Claudia Carvalho.

Há pelo menos oito pessoas que procuraram o Centro de Referência de Direitos Humanos LGBT com interesse na mudança de sexo. Contudo, são pessoas moradoras da Baixada Cuiabana. A demanda do interior de Mato Grosso não foi contabilizada. Desde 2008, apenas uma pessoa do Estado conseguiu a cirurgia de transgenitalização pelo SUS e o centro acompanha um segundo paciente. “Buscamos a Secretaria Estadual de Saúde, pois a portaria do Ministério da Saúde determina a cirurgia seja feita em parceria, acompanhado pelos centros universitários. Com o Hospital Julio Muller avançamos bastante, mas eles precisam ampliar o número de funcionários”.

Para Cláudia o principal obstáculo será superar o preconceito institucional. “A homofobia institucionalizada é muito forte e arraigada. Às vezes a gente escuta do poder público que há problemas mais sérios para se lidar do que a questão LGBT”.
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