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Sábado, 29 de junho de 2024

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Diretriz técnica define tecnologia para plantio de mandioca em MT

A diretriz técnica para o cultivo da mandioca no Estado de Mato Grosso está pronta e será apresentada pela extensionista social da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Lindelzi Costa Lima, durante a Capacitação Continuada da Cadeia Produtiva da Mandiocultura. O evento será realizado nos dias 27 e 28 de outubro, nos municípios de Rosário Oeste (128 km ao Norte de Cuiabá) e Acorizal (62 km ao Norte da Capital). Vai contar com a participação de 40 técnicos que prestam serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater).


A diretriz define a metodologia recomendada no processo de produção de raiz da mandioca para o consumo in natura, farinha e fécula. As orientações técnicas têm o objetivo de fornecer aos produtores rurais um conjunto de práticas recomendáveis com garantia de rendimento e menor custo de produção. As novas orientações técnicas propõem um aumento na produtividade de 14 para 20 toneladas por hectare, enquanto a média no Estado não passa de 14 toneladas por hectare.

Conforme Lindelzi será apresentado também às novas técnicas para produção de farinha de mandioca dentro das normas de boas práticas de manipulação, subprodutos e a manipueira - liquido tóxico originado no processamento da mandioca que em grande quantidade torna-se um resíduo poluente, devido à elevada carga de matéria orgânica e de ácido cianídrico, podendo intoxicar os animais e contaminar as águas de cisternas. A manipueira é rica em potássio, fósforo, nitrogênio e outros nutrientes, quando não é tratada, pode trazer danos à saúde provocados pelo seu forte odor e atrair moscas e outros insetos.

Ela enfatiza que a mandioca tem 100% de aproveitamento, a casca pode ser usada na alimentação animal, a manipueira como adubo orgânico, produção de vinagre, indústria de tijolos, tintas e como insumo agrícola. Segundo Lima, existem centenas de casas de farinha na Região Centro-Oeste que utiliza a mão-de-obra familiar e a estrutura dos estabelecimentos, equipamentos e utensílios, muitas vezes, são rudimentares e sem condições adequadas para funcionamento. “O objetivo da capacitação é realizar um diagnóstico higiênico e sanitário destinado às unidades de processamento da farinha de mandioca, avaliando o cumprimento da legislação vigente”, esclarece Lima.

A analista de transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária agrossilvipastoril (Embrapa), do município de Sinop, Suzinei Silva Oliveira relata que este é o segundo módulo de capacitação e será discutido tipos diversificados de comercialização da mandioca, seja in natura ou processada (resfriada, congelada e frita), metodologia de capacitação, normas de higienização e sanitização, licenciamento ambiental de farinheiras, produção de manivas e a troca de experiências com o público participante.

Durante a capacitação, os técnicos visitam uma propriedade com o plantio de mandioca irrigada, do produtor rural Claudiomiro Paixão, localizada no município de Acorizal. Conforme Suzinei, a intenção é realizar por ano quatro módulos, conforme a necessidade e demanda. “Vamos apresentar os conhecimentos e tecnologias desenvolvidos pela Embrapa para que possam ser incorporados à mandiocultura em Mato Grosso”, comenta Oliveira.

DIRETRIZ TÉCNICA

A mandioca é considerada a segunda cultura mais importante da cadeia produtiva no Estado, ficando atrás apenas da pecuária de leite. A diretriz orientará o produtor desde a escolha da área, preparo e conservação do solo, calagem e adubação, espaçamento, sistema de plantio, época de plantio, variedades, seleção e preparo das ramas e manivas, tratos culturais, doenças e métodos de controle e outros.
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