O governador Silval Barbosa (PMDB) revelou que um dos principais impasses para que Estado assuma de vez a saúde pública de Cuiabá e Várzea Grande, está ligado às dívidas no setor que os municípios têm e que querem ‘empurrar’ pro governo.

“Todo mundo quer estadualizar a saúde, mas querem que o Estado assuma todos os passivos anteriores, passivo que ninguém sabe quanto é. Como vamos assumir um negócio desses? Eu quero assumir, quero ajudar, mas daqui pra frente. Precisamos saber quanto custa e se podemos arcar com os custos. Só vamos assumir se tivermos condições de melhorar o serviço”, declarou o governador.

De acordo com o chefe do Executivo Estadual, além das dívidas existe ainda uma discussão sobre com quem fica a regulação dos serviços. “Ora, a regulação deve ficar com quem está tocando é quem tem que regular os pacientes”, disse.

A situação dos passivos seria mais complicada com relação ao Pronto Socorro de Várzea Grande, que é administrado pela Fundação de Saúde de Várzea Grande (Fusvag) e acumula uma dívida de quase R$ 10 milhões.

Já em Cuiabá, apesar do passivo maior ser da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), um valor aproximado R$ 15 milhões, a Prefeitura da capital já sinalizou que ficaria responsável pelo pagamento das dívidas caso o Estado confirme a estadualização do Pronto Socorro.