Olhar Direto

Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

Notícias | Cidades

braços cruzados

Funcionários paralisam em Poconé pedindo melhores salários

Os servidores municipais de Poconé decidiram paralisar as atividades de todos os setores e mantiveram apenas parte do serviço da saúde funcionando.  A decisão  é inédita na cidade e foi tomada em um em ato realizado nesta sexta-feira. Os manifestantes fizeram protestos em frente à Prefeitura Municipal, Banco do Brasil e pelas ruas do centro da cidade.


Apesar de diversas tentativas por parte da secretária de Educação, Enair Martins, irmã do prefeito Clóvis Martins, em inibir a paralisação, os servidores se mostraram firmes e propostos a buscar melhores salários e condições de trabalho. Conforme denuncia de funcionários, a secretária solicitou a presença de diversos servidores para pressionar e barrar o movimento.

A paralisação foi decidida na última assembléia feita pelo Sismup, quando os servidores se mobilizaram para sensibilizar as autoridades e reivindicar a reposição das perdas salariais, mais um ganho real, além de condições de trabalho, alteração do atual plano de cargos e salários, inclusão de insalubridade para os funcionários da saúde e garis, data única de pagamento e reajuste salarial.
 
No entanto, a categoria não obteve nenhuma posição por parte do Prefeito munipal Clóvis Martins. Daí a atitude de paralisar os serviços, com indicativo de greve caso os pleitos não sejam atendidos.

Em resposta às reivindicações dos funcionários, o prefeito encaminhou um oficio solicitando 90 dias de prazo para poder dar uma resposta aos itens. A categoria não aceitou a resposta, alegando que não há necessidade de todo esse tempo, tendo em vista que uma alteração nos salários de cargos e comissões foi feita recentemente, podendo ser utilizado os mesmos dados para propor uma negociação com o sindicato.

Informações obtidas junto a alguns vereadores, revelaram que o prefeito aumentou o salário do secretariado em 133%,  de 2005 até 2009. O salário de um secretário que era de R$ 1.500,00 em 2004, passou a ser de R$ 3.500,00 em 2009, enquanto aos servidores o aumento concedido durante este período foi de apenas 10% ,em 2008.

A falta de condições de trabalho foi um dos maiores agravantes para a paralização. Durante o discurso dos presentes, foram elencadas diversas condições precárias, como a falta de matérias básicos nas escolas, como até mesmo gás de cozinha para preparo de merenda, onde funcionários estariam colhendo lenha para preparar a merenda.

A classe da limpeza urbana, reclama da falta de equipamentos básicos de segurança para lidar com o lixo, além do veiculo que está em péssimas condições. “Temos que empurrar o caminhão para ele funcionar, pois há meses o carro não pega”, disse um dos garis. Os funcionários da saúde por sua vez, reclamam que a falta de remédios e médicos influenciam na discriminação que sofrem, uma vez que o usuário acaba reclamando e insultando o funcionário, o qual não tem culpa pela falta desses elementos básicos. Agentes de saúde também reclamam das condições de trabalho, pois ouvem o que não devem. “De que adianta você vir aqui em casa me visitar, saber da minha saúde, se eu vou lá no posto de saúde não tem médico para me atender, muito menos remédio?”, disse uma funcionária que é o que mais ela houve, ou seja, fica transparecendo que o serviço dela é invalido, alem do mais, não é oferecido o protetor solar e nem os meios de condução para chegar até as famílias a serem atendidas, sem contar no salário que é até irrisório.

Os servidores públicos se reunirão novamente em Assembleia Geral para discutir as propostas da Administração. Se houver aceitação, o serviço público continuará funcionando normalmente, mas se houver repúdio, poderá ser decretada greve geral. Segundo Maria Francisca, presidente do Sismup, “a paralisação terminou, mas a mobilização continua”.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet