Secretário-adjunto de Segurança Pública, Alexandre Bustamante recebeu na manhã desta quarta-feira (04) o jurista Gabriel Herrera, chefe da seção consular-jurídica da Embaixada da República Argentina no Brasil. Ele esteve em Mato Grosso para verificar a prisão de dois professores universitários argentinos após uma confusão em uma boate em Cuiabá.

Os irmãos Ignácio Luiz Marcelo Lujan, 29 anos, e Ignácio Augustin Lujan, 26, foram presos na noite do dia 31 quando saiam de uma boate, após serem acusados de roubo. Os turistas acusaram dois policiais militares de os agredir para que confessassem o suposto crime.

Segundo a advogada de defesa dos irmãos, professores universitários em Córdoba, Ignácio Augustin teria sido espancado ainda dentro da boate, tendo vários dentes quebrados, conforme consta em exame de corpo delito do Instituto Médico Legal.

O secretário afirmou, durante entrevista por telefone ao Olhar Direto, que a visita do jurista foi apenas de cortesia para verificar as reais condições da prisão dos irmãos. “Ele [cônsul] veio saber o motivo da prisão e quais as condições dos turistas, agora cabe ao juiz decidir se os mantém presos ou concede liberdade provisória”.

A defesa aguarda agora a decisão do juiz Rondon Douglas, titular da 4ª Vara Criminal de Cuiabá, que está respondendo pela 5ª Vara. O próprio magistrado decidiu tratar esta questão como prioridade, informou a advogada.

Sobre as medidas que possivelmente serã adotadas quanto às denúncias de agressão envolvendo os dois policiais militares, o secretário-adjunto informou que até o momento a Secretaria de Segurança não foi informada oficialmente das acusações contra os PMs.

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Atualizada às 17h22