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Sábado, 29 de junho de 2024

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Estradas de MT estão entre os pontos de maior exploração sexual infantil

Foto: Reprodução/Ilustração

Estradas de MT estão entre os pontos de maior exploração sexual infantil
Mato Grosso está entre os cinco Estados que mais apresentam pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do Brasil. De acordo com Mapeamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e divulgado nesta sexta-feira (18), Mato Grosso tem 112 locais considerados vulneráveis. A liderança fica com Minhas Gerais (252), que tem a maior malha rodoviária do país, seguido de Pará (208 pontos), Goiás (168) e Santa Catarina (113).


Os dados foram divulgados em razão do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes – celebrado nesta sexta – e fazem parte do Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais 2011/2012. O levantamento aponta 1.776 pontos em todo o país. O número representa redução de 2,42% dos pontos localizados no balanço de 2009/2010, quando foram encontrados 1.820 locais vulneráveis à exploração de menores.

Dos 1.776 pontos vulneráveis apontados no relatório da PRF, 398 ficam na região Centro-Oeste do país, 371 no Nordeste, 333 no Norte, 358 no Sudoeste e 316 no Sul. Além disso, de acordo com a polícia, 65,9% (1.171) são considerados como críticos e de alto risco de vulnerabilidade. O relatório de 2009/2010 apontou 1.402 pontos nesta situação.

A Polícia Rodoviária Federal considera como pontos vulneráveis ambientes ou estabelecimentos em que os agentes da polícia encontram características como: falta de iluminação, presença de adultos se prostituindo, falta de vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito e consumo de bebida alcoólica. Entre os pontos vulneráveis, há aqueles onde já foram confirmados os casos de exploração sexual de menores e aqueles em que há indícios ou denúncias.

Ainda conforme o levantamento, seis rodovias do país – BRs 230, 116, 101, 364, 153 e 163 – apresentam 45,38% dos pontos identificados pelo relatório. O documento também apontou que a maioria (65,8%) dos locais vulneráveis à exploração sexual de menores fica em áreas urbanas, enquanto 34,2% ficam em áreas rurais.

O relatório apontou o resgate e encaminhamento, desde 2005, de 3.251 crianças e adolescentes que viviam em situação de risco nas rodovias federais do Brasil. O mapeamento foi realizado pela PRF em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a Organização Internacional do Trabalho e a organização internacional Childhood Brasil.

Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República relevam que o Disque Direitos Humanos recebeu 82.281 denúncias de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes em 2011, uma média de 225 por dia. O número representa quase o triplo das denúncias recebidas no ano anterior, quando houve um total de 30.544 – um aumento de 169,4%

O relatório da secretaria também apontou que, entre janeiro e abril deste ano, o total dos relatos sobre abusos contra crianças e adolescentes já representa quase a metade do recebido em todo o ano passado. Foram 34.142 atendimentos de janeiro a abril, aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2011.

As denúncias de abuso contra menores representaram 84,7% do total recebido pelo serviço em 2011. Também foram registrados relatos sobre violações contra idosos (8,7%), pessoas com deficiência (3,2%), população LGBT (1,3%), população de rua (0,5%) e outros grupos, como quilombolas e indígenas (1,7%).

De acordo com os dados da secretaria, as denúncias de violência contra crianças e adolescentes dividiram-se em: negligência (40,88%), seguida da violência psicológica (24,34%), violência física (21,67%) e sexual (11,53%). Esta última divide-se em: abusos (70%) e exploração sexual (30%).

Por estado e região

São Paulo lidera o número de denúncias recebidas pelo Disque 100 sobre violência contra crianças e adolescentes em 2011, com um total de 10.496 ligações (12,8% do total). Em seguida, vem a Bahia, com 9.395 denúncias (11,4%), Rio de Janeiro, com 9.120 (11,1%), Minas Gerais, com 5.703 denúncias (6,9%), e Maranhão, com 4.686 ligações (5,7%).
Os Estados que menos registraram ligações em 2011 foram Roraima, com 95 relatos (0,1%), Amapá, com 178 denúncias (0,2%), Acre, com 352 denúncias (0,4%), Tocantins, que registrou 435 relatos (0,5%), e Sergipe, com 829 denúncias (1%).

Nos primeiros meses deste ano, São Paulo continua a liderar o total de ligações, com 4.644 relatos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 4.521, e Bahia, com 3.634.




Atualizada às 15h25
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