Uma enquete realizada pelo site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) apontou a volta da fiscalização eletrônica como forma de conter a violência no trânsito de Cuiabá. A maioria das pessoas que acessou o site da autarquia, e votaou na pesquisa, gostaria que os radares voltassem a operar. Entre os dias 30 de março e 20 de maio, 1.738 internautas votaram na pesquisa.
Vale lembrar que cada IP, ou seja, a identidade do computador, só votou uma vez. O site
www.detran.mt.gov.br perguntou: Avenidas com elevado índice de acidentes devem ser dotadas de radares? Para 30,9% dos votantes, os aparelhos já deveriam estar funcionando há muito tempo na cidade. Já 17,8% acham que os radares ajudarão a diminuir os acidentes. Outros 19,5% são favoráveis aos radares, desde que bem sinalizados.
Os três itens apontam para um público favorável de 68,2%. Votaram contra os radares 25,2%. Para 6,38% a medida seria indiferente.
NÚMEROS: A frota de veículos registrada em Cuiabá é de 240 mil. Outros 90 mil circulam do outro lado da ponte, na cidade de Várzea Grande. Somadas, as frotas do aglomerado urbano conta com 330 mil veículos em circulação. Porém, há que se levar em conta a frota flutuante, ou seja, veículos que trafegam por aqui com placas de outros Estados. A estimativa do Detran é de que o número chegue a 15% da frota. “São pessoas que se mudaram para Cuiabá e mantiveram as placas dos Estados de origem, seja por comodismo ou curta temporada na cidade”, diz o diretor de veículos do Detran, Juarez Fiel.
Outro fator a se levado em consideração é que a Capital faz ligação entre o Sul, Norte e Leste do País, com grande entroncamento rodoviário. “Muitos desses veículos acabam circulando por Cuiabá e Várzea Grande”, comenta o presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes. Esses dados, juntamente com a imprudência de parte dos motoristas, fazem do trânsito da capital de Mato Grosso, um dos mais violentos do país, com índice de 32 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia do que isso representa, a cidade de São Paulo com frota de seis milhões de veículos, possui índice de 17. É a metade de Cuiabá. Os dados são da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
O presidente do Detran ressalta que a decisão de colocar radares ou não na cidade, não depende da autarquia, mas sim da Prefeitura. “O trânsito em Cuiabá é municipalizado. O Detran é parceiro e está pronto para colaborar com a gestão municipal assim que solicitado, mas não há como intervir, tudo depende de uma decisão técnica e política da Prefeitura”, diz.
