O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, procedeu ontem à noite a abertura oficial da 1ª Conferência Municipal de Segurança Pública, no Hotel Fazenda Mato Grosso, situado na região do Coxipó, na Capital. O evento encerra-se hoje (23-05) às 18 horas, com a participação de segmentos institucionais e comunitários. A meta é definir diretrizes da Segurança Pública junto à sociedade, propostas a serem apresentadas na Conferência Nacional de Segurança Pública, a ser sediada em agosto, Brasília.
A mesa de autoridades foi composta pelo prefeito Wilson Santos, secretário municipal Aurélio Augusto (Esportes e Cidadania), Antônio Roberto de Morais (secretário-ad junto de Segurança Pública e presidente da Comissão Organizadora do evento), tenente-coronel-BM João Rainho Júnior (Comando-Geral do Corpo de Bombeiros), Rubens Okada (coordenador de Criminalística da Politec), José Lindomar Costa (diretor-geral da Polícia Judiciária Civil), coronel-PM Lílian Tereza Vieira de Lima ( comandante-adjunta do Comando Geral da PMMT), Guilherme Leonardi (coordenador nacional de Mobilização - CONSEG), Maria Tereza Teixeira (coordenadora de Mobilização Nacional da 1a. Conferência Nacional de Segurança Pública), e deputado estadual Carlos Brito (representante da ALMT).
Wilson disse ser necessário construir um Plano Municipal de Segurança Pública para minimizar os avanços do crime em todas as faixas etárias. Educação, frisa, é o principal eixo capaz de trazer equilíbrio e soluções efetivas à meta de instalação e manutenção da paz, no lugar do crime. O prefeito de Cuiabá citou que alguns países já adotam sistemas eficazes nesse aspecto, e externou a disponibilidade de cooperação do Poder Público Municipal:
"A Prefeitura está pronta para colaborar e participar dos debates sobre Segurança Pública. É um tema de preocupação nacional. Nova York instituiu outrora a chamada 'Tolerância Zero' contra o crime. Bogotá, entre outras medidas, implantou bibliotecas nas comunidades carentes, e isso atrai os jovens. Ali dispõem também de instrumentos de ensino na área de informática. Medidas que minimizaram drasticamente o número de ocorrências criminosas".
Segundo o prefeito, é preciso implantar educação integral para manter os jovens ocupados com atividades produtivas. "Dessa conferência em Cuiabá, podemos tirar sugestões importantíssimas à Conferência Nacional para que os governos avancem no projeto de educação integral. Não permitir, em resumo, que nossos jovens tenham tempo ocioso e sejam fisgados pelo crime".
Para Alexandre Bustamante dos Santos, secretário-adjunto de Assuntos Estratégicos da Sejus (Secretaria Estadual de Justiça), a sociedade quer uma Polícia eficiente. "Mas não podemos atribuir a falência do sistema à Polícia. Cabe a nós dividir essa responsabilidade. A Polícia é chamada quando todo o sistema falha".
Antônio Morais já enfatizou não ser novidades discussões em torno da segurança pública. "O advento da Polícia Comunitária foi um marco histórico. Hoje, o governante que não ousar trabalhar com a segurança pública está fadado ao insucesso. Mas esse tema não será exaurido nesta conferência. É a 1a. de Segurança Pública. Estamos satisfeitos com a participação de movimentos comunitários. Obrigatoriamente, para 2010, teremos a 2a. Conferência Nacional. Vamos continuar em processo de mobilização. Mesmo porque o fe nômeno segurança é complexo. A Polícia, sabe-se, é o último estágio em segurança pública. O medo do crime é pior do que o próprio crime. Esta conferência é de sistematização dos anseios desses segmentos".
