A sargento Tânia Guerreiro da Polícia Militar do Paraná irá percorrer municípios do Comando Regional Norte (CRIII) na próxima semana para ministrar palestra sobre o tema pedofilia. Com mais de 28 anos de carreira militar, a sargento lotada na cidade de Curitiba, irá realizar explanações aos policiais e sociedade civil organizada nas cidades de Paranaíta (dia 15 de junho), Alta Floresta (16), Sinop (17), na cidade de Sorriso (18), e em Lucas do Rio Verde (19). A militar atua ainda junto ao Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

Durante o evento, os policiais irão receber orientações sobre como identificar um pedófilo, o que atrai um pedófilo, como eles agem e ainda irá orientar os presentes a palestra sobre os sinais que a criança apresenta quando sobre algum tipo de abuso. Ciente da necessidade de capacitar os profissionais da área de segurança, o comandante do CRIII, tenente coronel Nerci Adriano Denardi, promove o ciclo de palestras.

Dos 28 anos de carreira militar, 16 anos já são dedicados ao trabalho com crianças desaparecidas, junto ao Movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida e vitimizadas. A sargento já participou de encontros com Interpol na Europa e na América do Norte.

Uma das principais lutas da policial militar é para a tipificação do crime de pedoflia. De acordo com depoimentos dela, "se um homem abusa de uma mulher e de uma criança, cai no mesmo artigo do código penal que é o 213 ou 214, cuja pena é de 6 a 10 anos, e como normalmente ele não tem antecedentes criminais, pega pena mínima 6 anos, vai para penitenciária se comporta bem, sua pena reduz para 1/3, e ele novamente ganha liberdade. Em média, 48 horas é o prazo para abusar novamente. É por esta razão que há 6 anos tenta inserir a Pedofilia no Código Penal como crime com pena de 30 anos”.