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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

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Funcionários do BB voltam a protestar contra fechamento

Cerca de 100 funcionários da plataforma de análise de crédito do Banco do Brasil cruzaram os braços das 9h as 10h40 desta manhã, em protesto ao fechamento do Centro de Suporte Operacional – Cuiabá (CSO – Cuiabá).

Foto: divulgação

Funcionários do BB voltam a protestar contra fechamento
Cerca de 100 funcionários da plataforma de análise de crédito do Banco do Brasil cruzaram os braços das 9h as 10h40 desta manhã, em protesto ao fechamento do Centro de Suporte Operacional – Cuiabá (CSO – Cuiabá). O setor deve ser transferido para Brasília, em setembro, o que acarretaria o deslocamento de 350 pessoas, entre empregados e família.


Um ‘mural’ de lona foi içado frente à superintendência do banco, que fica próximo ao parque Mãe Bonifácia, e trajes pretos eram usados para representar o luto da classe pela extinção deste setor em Mato Grosso. Várias faixas de protestos e um carro de som também foram utilizados.

A intenção dos funcionários era de confrontar com um diretor do banco que veio de Brasília, especialmente para tratar do fechamento do CSO, em Cuiabá. Contudo, o diretor não foi encontrado pelos manifestantes, que seguem sem qualquer explicação da diretoria no que eles chamam de ‘decisão unilateral’.

De acordo com Alex Rodrigues, membro do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro em Mato Grosso (Seeb-MT), o funcionário que ficar corre o risco do descomissionamento. O que de fato significa a perca de, em alguns casos, mais de 50% do salário.

Sociedade perde

Além de questionar a decisão do banco em centralizar a análise de crédito em Brasília, o Seeb-MT acusa o Banco do Brasil de descumprir sua tarefa social, como fomentador da atividade econômica e servidor do coletivo. Arilsom da Silva, presidente do sindicato, diz que haverá uma burocratização na liberação de linhas de crédito como o Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), o Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda (Proger), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e até mesmo o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO).

Ele explica que enquanto a plataforma estiver em Mato Grosso, há uma proximidade que possibilita o analista de crédito a executar os serviços em tempo hábil de acordo com a realidade local. O estado, com particularidades e especificidades exige um conhecimento da região para um trabalho coerente em relação aos programas de crédito que visam fomentar a economia e o desenvolvimento da região.

O custo do lucro

Para Arilson, o BB está preterindo estas linhas de crédito, que são a missão do banco governamental, em preferência ao crédito consignado, empréstimos para veículos, CDC e outras linhas de crédito que geram mais capital. “O banco tem feito pouco pelo desenvolvimento e maximizado o lucro. Querem bater a própria meta, mas isso só vai acontecer em detrimento do social”, lamentou.

De acordo com o presidente do Seeb-MT, a atividade agrícola familiar deveria estar em um estágio mais desenvolvido em Mato Grosso, contudo o Banco do Brasil não tem dado a atenção devida ao setor. “Em época de Copa do Mundo também é preciso olhar para o campo.”

Ele ainda explica a ausência do BB neste setor deixa a sociedade está carente de fomento para o desenvolvimento. “Nenhum outro banco vai fazer este tipo de serviço. Não interessa ao capital, mas sim ao social.”


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