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MT 130

Rodovia privatizada de Mato Grosso continua em péssimas condições

15 Fev 2013 - 09:30

De Rondonópolis - Cairo Lustoza - Olhar Direto/Agência Pauta Pronta

Foto: Lázaro Slede/ Ag PP

Rodovia privatizada de Mato Grosso continua em péssimas condições
Depois de quase quatro meses do início da cobrança de pedágio na rodovia estadual MT 130, que percorre os municípios de Rondonópolis, Poxoréu e Primavera do Leste, as condições da estrada ainda gera revolta e reclamação dos usuários.


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A Morro da Mesa Concessionária de Rodovias S.A. é a responsável pelos 122 quilômetros, e de acordo com denúncias de usuários, não está usando o dinheiro levantado para beneficiar o trecho, pois, o mesmo ainda apresenta buracos, falta de sinalização horizontal e vertical. A empresa cobra entre R$ 6,50 e R$ 58,50 de pedágio.

Segundo caminhoneiro José Augusto de Souza, que percorre o trecho entre Rondonópolis a Primavera do Leste pelo menos cinco vezes por semana transportando cavaco de madeira para agroindústrias da região, a rodovia apresenta vários problema. “Para começar a MT 130 não tem acostamento e nem sinalização para cobrarem este valor de pedágio. Se quebrar o caminhão não tem onde encostar tem que ficar parado ali no meio da pista. Agora buraco é o que mais tem. Está cheio de buraco ali naquele trecho. A cada viagem de ida e volta pago R$ 156 e isso representa cerca 12% de prejuízo sobre o frete”, desabafou o motorista com 25 anos de profissão.

Outra denúncia que o caminhoneiro faz é a falta do serviço S.O.S. Motorista. “Dias atrás precisei do serviço, mas o número ‘0800’ deles a ninguém atendeu. Passei lá na praça de pedágio para perguntar e nem os funcionários souberem informar para que serve aquele telefone, se nem a eles atendem. É um descaso. É absurdo, eles cobram os dois sentidos. Se por exemplo, se eu vou para Primavera do Leste, pago na primeira praça e na segunda também e a volta é mesma coisa, ou seja, quatro pedágios”, explicou revoltado José Augusto.

Na tarde desta quarta-feira, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondonópolis e Região, Valdivino Aquino, juntamente com uma comissão de sitiantes foram até a sede do Procon em Rondonópolis para reclamar dos preços abusivos e serviços não realizados pela concessionária.

“Muitas famílias tem sido prejudicadas. Nós já tivemos uma audiência pública com deputados e foi até feito um projeto de emenda parlamentar para uma isenção do pedaço e o governador do Estado vetou, então estamos procurando outros meios. A situação está difícil. Nós propomos uma isenção total. Os sitiantes estão tão desesperados que uma diminuição já ajudaria. A estrada esta cheia de buraco. Não é uma rodovia segura, tem trechos que não existem acostamentos. Eles (Morro da Mesa) reformaram algumas partes, pavimentaram os intervalos e em seguida colocaram a cobrança de pedágio, mas a estrada já está ruim de volta, cheio de buracos, ocasionando vários acidentes”, explicou o sindicalista.

Ainda segundo Valdivino, os sitiantes que moram a menos de dois quilômetros da praça de pedágio tem que pagar. “Viemos pedir ao órgão para que ele possa intimar a empresa que faz administração da rodovia para uma negociação, porque do jeito que está não está dando para levar não. Os sitiantes estão muito revoltados com a situação”.

Na região são cerca 300 famílias, que dependem da agricultura familiar para sobreviver. Segundo eles a cobrança de pedágio está interferindo bruscamente na renda dos produtores. “Você tem sua renda que já é pequena e esta questão desfalca na renda deles. Alguns inclusive estão sendo impossibilitados de ir e vir mesmo. Por não ter dinheiro para pagar a taxa. O valor pago é R$ 6,50 por veículo”, finalizou o presidente.

De acordo com o coordenador do Procon, Juca Lemos, as reclamações estão sendo recolhidas e posteriormente a Morro da Mesa Concessionária de Rodovias S.A., será notificada. "Dentro de 20 dias a concessionária será comunicada e assim poderá apresentar o contrato e suas observações. Após isso, iremos marcar audiências de reconciliação com todos os reclamantes e ver que procedimento é possível tomar em defesa desses consumidores", explica.

Além da reivindicação da tarifa, Juca conta que muitos reclamaram também da falta da sinalização, ambulâncias com profissionais adequados, sinal de telefonia e buracos na pista.
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